O Gabinete de Crise do governo do Estado colocou a macrorregião Caxias do Sul sob aviso, nesta terça-feira (18), o que não exige um plano de ação imediato para restringir atividades e circulação. No entanto, a atenção precisa ser redobrada pelas autoridades. Afinal, existem dados com tendência de alta, como o crescimento nas internações em leitos clínicos. A ocupação em UTIs e os números de novos casos por 100 mil habitantes se mostram estabilizados, mesmo que em níveis altos, e impediram que um alerta fosse emitido.
O primeiro dado que chama atenção está na quantidade de pacientes positivos e suspeitos para o coronavírus em leitos clínicos. Na segunda-feira (17), segundo o Comitê de Dados do governo, eram 348 pessoas internadas. Já na atualização desta terça-feira, até as 17h, eram de 368 internados. Esse é o maior número desde 15 de abril, quando eram 365 pacientes.
Outro ponto sempre preocupante está relacionado à ocupação dos leitos de UTI. Na segunda eram 234 pacientes (217 confirmados e 17 suspeitos). Nesta terça, até as 17h, esse número total reduziu para 228 (221 confirmados e 7 suspeitos). A taxa de ocupação está em 84,5%.
Além dessa estabilização nos leitos de UTI, outros dois dados ajudam a compreender porquê a região está sob aviso. O número de casos positivos por 100 mil habitantes estabilizou em 264. Mesmo que seja acima da média Estadual, em 241, ele ainda é abaixo do pico registrado na semana passada, de 341. Os óbitos também estão caindo, com taxa de redução em 11,2%.
Por fim, há outra estatística preocupante: quantidade de pessoas vacinadas. Até o momento, 21,9% da população na Serra recebeu a primeira dose e apenas 9,2% completaram o esquema vacinal, algo que deverá mudar ainda nesta semana com o fim do atraso dos imunizantes da CoronaVac.
O novo Sistema 3As (aviso, alerta e ação) tem uma dinâmica diferente. As reuniões do Gabinete de Crise e a formalização de alertas ocorrerá sempre às quartas-feiras. No entanto, se alguma região entrar em tendência de alta expressiva em outros dias, o Grupo de Trabalho da Saúde, que analisa os dados diariamente, poderá emitir um alerta antes das reuniões.