Uma parceria entre a prefeitura, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional, e a Associação Mão Amiga possibilitou que Caxias do Sul ganhe um Restaurante Popular de cara nova na próxima segunda-feira (29). O espaço abrirá as portas ao público e disponibilizará 800 refeições diárias para a população em vulnerabilidade social, em novo endereço. O prédio de três andares está localizado na Rua Sinimbu, 96, no bairro Nossa Senhora de Lourdes.
Por causa da pandemia, no local serão oferecidas apenas 200 refeições de forma presencial e no valor de R$ 1, destinadas às pessoas em situação de rua, referenciadas pelo Pop Rua e que serão cadastradas. O ambiente dispõe da parte interna, onde serão atendidas 120 pessoas, seguindo os protocolos sanitários e respeitando os distanciamentos, e a parte externa, que possui 70 cadeiras para a espera, a fim de evitar aglomerações. Inicialmente, o horário de funcionamento será das 11h30min às 13h.
As outras 600 refeições serão distribuídas no formato de marmitas em três pontos estratégicos da cidade, definidos pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e pela Fundação de Assistência Social (FAS). As viandas serão disponibilizadas gratuitamente.
— Nós vamos olhar mais de perto a realidade dos usuários. Por isso, vai ser feito um cadastro, porque até então não havia. Nesses 10 anos de Restaurante Popular havia apenas o almoço e a falta de um cadastro também não permitia a construção de critérios que dessem o aval de quem realmente precisa da refeição — explica o frei Jaime Bettega, idealizador do Projeto Mão Amiga e um dos responsáveis pela administração do local.
O prédio servirá ainda como sede do Centro de Acolhida e Formação Mão Amiga. Nos demais andares, estão sendo preparadas salas para cursos profissionalizantes e atendimento humanizado, como de assistência social para as pessoas em vulnerabilidade social. Ao todo são 18 funcionários do Mão Amiga envolvidos no projeto.
— Ele serve como um apoio, uma complementação do Restaurante Popular, no sentido de que, se dentre esse público que vai ser cadastrado e atendido tiver pessoas que podem voltar para o mercado de trabalho, nós queremos ajudar essas pessoas a voltar ao mercado de trabalho. Mas isso não significa que, se sobrar vagas, elas não poderão ser outras pessoas. Poderão sim, principalmente desempregados. E nós estamos tentando que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) também esteja lá dentro, para que a gente possa ver o nosso público terminando os ensinos Fundamental e Médio — pontua Bettega.