No próximo domingo (21), será realizada uma missa online em memória da menina Naiara Soares Gomes. Ela foi cruelmente assassinada há três anos em Caxias do Sul. A celebração "pela proteção e cuidado das crianças e adolescentes" será às 18h, nas mídias sociais do Frei Jaime Bettega.
O julgamento
O Tribunal do Júri de Caxias do Sul condenou Juliano Vieira Pimentel de Souza, 34 anos, por raptar, estuprar e matar a estudante Naiara Soares Gomes, sete anos. Ele foi sentenciado a 36 anos, seis meses e 20 dias de prisão. Esta é a segunda condenação de Juliano por estupro de vulnerável.
O julgamento aconteceu no dia 2 de dezembro de 2020, dois anos e oito meses após Naiara desaparecer no bairro Esplanada, quando caminhava sozinha para a escola. O caso mobilizou a comunidade caxiense em 13 dias de buscas e orações. O temido desfecho se confirmou quando a Polícia Civil prendeu o autor e localizou o corpo da menina na Represa do Faxinal.
Relembre o caso
- Naiara saiu de casa por volta das 6h30min do dia 9 de março de 2018, uma sexta-feira. Ela morava na Rua Vesúvio, no loteamento Monte Carmelo, e seguiu a pé até a Escola Municipal Renato João Cesa, no bairro São Caetano, onde estudava — cerca de dois quilômetros distante da moradia. Um primo de 15 anos deveria acompanhá-la no trajeto, porém o rapaz deixou a menina sozinha no caminho e retornou para esperar a namorada.
- Pouco depois das 7h11min, momento em que as últimas imagens de câmeras mostram a menina com vida, Naiara foi abordada por Juliano Vieira Pimentel de Souza em um Palio Branco na Rua Júlio Calegari, perto da esquina com a Rua Mozart Perpétuo Monteiro.
- Para conseguir que Naiara entrasse no veículo, o homem ofereceu uma mochila de bicho de pelúcia. Dentro do carro, ele fez a menina tomar uma bebida alcoólica adocicada com sabor de laranja.
- Ao chegar na casa de madeira alugada onde morava com a esposa, no bairro Serrano, Juliano carregou Naiara, já embriagada, no colo para o interior do imóvel, que tinha dois quartos, sala, cozinha e banheiro. A mulher não estava em casa.
- Ele levou a vítima ao quarto do casal e cometeu o estupro. Conforme o depoimento do réu a policiais civis, a menina chorou e, ao tentar silenciá-la, o homem lesionou a coluna da criança e sufocou ela até a morte.