A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) afirma que está averiguando a denúncia referente a um ipê que teria sido envenenado, localizado na Rua Luiz Antunes, bairro Panazzolo, em Caxias do Sul. O apontamento foi protocolado junto à prefeitura ainda em janeiro deste ano e, no início de fevereiro, um cartaz foi afixado na árvore amaldiçoando a pessoa responsável pelo envenenamento, ato considerado crime — conforme a Lei Federal nº 9.605, de 1998 — sujeito a prisão, de três meses até um ano, além de multa.
— Infelizmente este não foi o primeiro caso e também não será o último. Esta é uma prática adotada geralmente por pessoas que se sentem incomodadas pela árvore, seja por quebrar a calçada ou perder galhos, por exemplo, e que não conseguiria licenciamento para corte. É raro conseguirmos responsabilizar quem comete o envenenamento porque, além da denúncia, é preciso provar a autoria — afirma o titular da Semma, João Osório Martins.
Segundo ele, o licenciamento para corte de árvores é fornecido somente em situações nas quais a árvore represente risco a residências ou pedestres, por exemplo, ou em casos de empreendimentos da construção civil, que seguem as normas legais de compensação e pagamento de taxa. O secretário afirma, ainda, que a solução para evitar casos como este do Panazzolo está no trabalho de conscientização como forma de incentivo ao respeito pela natureza.
A denúncia referente ao envenenamento do ipê da Rua Luiz Antunes foi protocolada na prefeitura em janeiro de 2021. Segundo moradores, a árvore realmente apresenta marcas de furos e cortes característicos deste tipo de ação. Eles relatam, ainda, que essa situação já ocorreu com outro ipê do mesmo bairro e que, agora, a preocupação é com um terceiro ipê, ainda saudável, que também possa virar alvo de envenenamento.