Voltar a realizar eventos públicos é um dos objetivos da nova gestão municipal de Gramado, segundo o prefeito Nestor Tissot (PP), que participou do programa Gaúcha Hoje, da Gaúcha Serra, na manhã deste sábado (9). O novo gestor da cidade afirmou que há expectativa de que a realização de ações possa ocorrer seguindo o movimento da volta às aulas presenciais na Educação Infantil, a partir do final de fevereiro. Tissot destacou que não há como impedir o fluxo turístico na região e que, por isso, é preciso garantir que isso ocorra com segurança.
Para isso, além de reforçar a equipe da Secretaria Municipal de Saúde, ele afirmou que nesta sexta-feira (8) teve início uma ação de conscientização que deve ocorrer, pelo menos, até o final do mês no município. Ao todo, segundo ele, serão 66 intervenções artísticas, em diferentes pontos da cidade, que têm como proposta conscientizar os visitantes quanto à importância do uso da máscara de proteção e do distanciamento social para evitar o contágio por coronavírus.
— A gente se depara com muitas pessoas que não querem usar máscara, fica difícil conter isso, por isso programamos um evento diferente, para uma conscientização em tom de brincadeira, não um chamamento rígido. Vamos fazer de forma lúdica, agindo de maneira que não seja de pressão, obrigação, e acho que teremos um bom resultado. Vamos fazer a experiência, se for positiva, incrementaremos ainda mais a partir de fevereiro — afirmou.
O prefeito, que chegou a ficar oito dias internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratar da covid-19, disse, ainda, que 20 mil máscaras foram adquiridas e que a fiscalização aos estabelecimentos está sendo mantida. Atualmente, segundo Tissot, mais de 100 mil pessoas visitam o eixo Gramado — Canela aos finais de semana, um número que gira em torno de 40 mil ao longo dos outros dias. Ele garantiu que a saúde é uma preocupação para a administração municipal, assim como a busca por alternativas, junto ao turístico, para um desenvolvimento seguro.
Em função da pandemia, a redução de visitantes na cidade que tem o turismo como principal atividade econômica gerou impacto aos cofres públicos. Tissot disse que assume a prefeitura com um déficit de R$ 10 milhões e uma queda de R$ 50 milhões na arrecadação.
— Vamos fazer uma economia muito grande agora, os gastos estão praticamente proibidos, exceto pela saúde e algumas outras ações estritamente necessárias. A arrecadação pelo IPTU deverá dar uma boa movimentada agora em janeiro e vamos buscar recursos para infraestrutura em Brasília. A minha experiência como vereador, prefeito e vice-prefeito dá um pouco mais de tranquilidade neste momento para levar a cidade pra frente. Vou fazer gestão, política é segundo plano — garantiu Tissot.