O complexo da Maesa, em Caxias, passará por um estudo detalhado que contará com a participação de arquitetos de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e do estado de Pernambuco. O chamado Masterplan tem o objetivo de apontar qual espaço deve receber cada equipamento previsto no plano de ocupação e quais as intervenções necessárias. O contrato com o escritório caxiense Vazquez Arquitetura, selecionado para o trabalho, foi assinado na terça-feira (22) pelo prefeito Flávio Cassina (PTB).
A decisão de contratar um estudo detalhado foi tomada em maio deste ano, quando a comissão que trata da ocupação da Maesa percebeu que seria o mais adequado contar com profissionais especializados em patrimônio histórico. Equipes do próprio município chegaram a iniciar um plano de zoneamento, mas o trabalho agora ficará a cargo dos arquitetos. O complexo já conta com plano diretor, plano de ocupação e com uma maquete digital, realizados em 2015.
O estudo irá avaliar detalhadamente as condições do prédio, o que é preciso para recuperá-lo e como deve ocorrer a ocupação. É o último levantamento necessário para se iniciar a elaboração dos projetos de cada equipamento a ser instalado, como o mercado público.
— O Masterplan sugere fisicamente na área os equipamentos e, principalmente, o tipo e o grau de intervenção, além da preservação. Vários levantamentos já estão prontos e os arquitetos também vão se abastecer do que já existe — explica a gerente de projeto da Maesa, Rubia Frizzo.
Ao todo, 12 arquitetos estarão envolvidos no trabalho, cinco atuando no grupo principal e os demais como consultores. Cada um dos profissionais recrutados é especializado em uma área de patrimônio. Dos cinco da linha de frente, Matias Revello Vazquez e Taísa Festugato são de Caxias do Sul e integram o escritório contratado. Lucas Volpatto e Oritz de Campos atuam em Porto Alegre, enquanto Lucas Ferh é de São Paulo. O grupo visitou o complexo ainda nesta terça para fazer o primeiro reconhecimento.
— Temos uma arquiteta da equipe que fez o mestrado dela sobre o edifício, fez o diagnóstico e conhece muito bem, mas vamos ter que fazer uma imersão para uma análise técnica da estrutura — revela Taísa.
O primeiro passo da equipe é realizar o diagnóstico da situação atual do complexo. Para isso, também é preciso avaliar toda a história do imóvel e como ele foi construído, em um processo que deve levar cerca de um mês. Em seguida, ocorrerá a elaboração do plano propriamente dito, que vai contemplar cinco eixos. Entre eles estão o fluxo de pessoas, a infraestrutura (como sistemas de combate a incêndio e drenagem), os problemas identificados e como resolvê-los e novas construções que eventualmente sejam necessárias.
A expectativa é de que o plano completo seja entregue no fim de abril. O trabalho tem custo total de R$ 322,4 mil.