A comunidade indígena Caingangue de Farroupilha, será contemplada com recursos da Lei Aldir Blanc, criada para auxiliar o setor cultural devido ao impacto da pandemia do coronavírus. A tribo possui duas aldeias no município, uma próxima ao Balneário Santa Rita e outra na localidade de São Roque. O processo de seleção busca um projeto cultural que represente a trajetória indígena.
Conforme o secretário de Turismo e Cultura de Farroupilha, Miguel Ângelo Silveira de Souza, a seleção será por um projeto de exposição do artesanato da tribo. Será uma ação que englobe as duas aldeias, já elas integram uma única comunidade, comandada pelo mesmo cacique.
— É a oportunidade para eles mostrarem para o restante da comunidade e para que incentive a aldeia na manutenção da cultura, que é única. Estamos escolhendo espaços públicos para que possa ser visualizado com mais intensidade e também será virtual — explica o secretário.
A seleção de projetos indígenas é uma exigência da Lei Aldir Blanc, que determina o repasse pelos municípios que abrigam as tribos. Do total de R$ 512.170 recebidos por Farroupilha, R$ 14 mil serão repassados aos índios Caingangue por meio do projeto. Os recursos auxiliarão não apenas na produção do material a ser exposto, como na sustentabilidade financeira da própria tribo.
O auxílio previsto na legislação vai até o dia 31 de dezembro, prazo em que está previsto o fim do decreto de emergência do governo federal devido à pandemia. Ao todo, a Lei Aldir Blanc destinará R$ 3 bilhões para auxiliar o setor cultural em todo o país. Além de editais e chamadas públicas, o repasse pode ocorrer por meio de um auxílio emergencial a trabalhadores da área ou na manutenção de espaços artísticos.