Após registros de falta de água em alguns pontos de Garibaldi, principalmente na área central, desde a última sexta-feira (20), o prefeito da cidade, Antonio Cettolin, realizou uma denúncia contra a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), junto à Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), na terça-feira (24).
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A denúncia foi formalizada em Porto Alegre e, segundo o prefeito, se deve ao descaso da Corsan quanto aos investimentos para a manutenção no abastecimento e a consequente falta de água em diferentes pontos do município. Também foi protocolada na terça-feira, junto ao Poder Judiciário, uma notificação à empresa devido ao descumprimento contratual, que pode acarretar em uma ação futura.
— Eles terão que buscar todos os mecanismos possíveis. Neste momento de crise que estamos vivendo, eles têm que enviar um suporte para Garibaldi — pontua Cettolin.
Na quarta-feira passada, dia 18, o prefeito esteve ainda reunido com a diretoria da Corsan em Porto Alegre e solicitou, com urgência, a perfuração de poços profundos na área da barragem, mediante os problemas de abastecimento que têm sido frequentes nos últimos anos. O chefe do Executivo destacou ainda a situação de emergência da cidade, por conta da estiagem deste ano, visto que a previsão é que o período que se aproxima também seja marcado pela ausência de chuvas.
De acordo com o gerente da Corsan em Garibaldi, Alessandro Tavares, os registros de falha no abastecimento de água tiveram início após a falta de energia elétrica que ocorreu na madrugada da sexta-feira (20), sendo que os poços tiveram a parada do funcionamento.
— Quando a gente chegou na Estação de Tratamento de Água (ETA), se deparou com os reservatórios secos e teve a opção de ter que deixar uma parte da cidade sem água. Na sexta mesmo, a gente estava restabelecendo o abastecimento por partes na cidade e, no sábado de manhã, quando eles estavam terminando, estourou a adutora de água bruta e a parte do Centro ficou sem água novamente, por um certo tempo. Enquanto isso, colocamos caminhões-pipas para não deixar uma parte da cidade desabastecida, e a gente ia fazendo manobras de registro para botar água de um lado para o outro — explica o gerente.
Tavares esclarece também que algumas residências estavam com baixa pressão e foi percebida a presença de ar na rede. Segundo ele, mesmo com o processo de expurgo, a água tinha dificuldade para se conduzir até o destino.
— Os mais afetados foram os imóveis que não têm reservação, porque toda vez que a gente fazia a manobra de registro, eles ficavam sem água — diz.
O gerente da Corsan na cidade conta ainda que nesta quinta-feira (26), foi encontrado uma ruptura na adutora, no centro da cidade, mas foi consertado imediatamente. Ele afirma que o abastecimento de água na cidade de Garibaldi está normalizado desde o último ocorrido, na quinta.