O projeto para a reconstrução do km 39,5 da RS-448, entre Farroupilha e Nova Roma do Sul, foi entregue nesta segunda-feira (31) à direção do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). O levantamento foi realizado ao longo dos últimos dois meses e é fundamental para o início das obras, já que também serve para definir qual solução será adotada no trecho. Parte do leito da rodovia cedeu no dia 30 de junho devido à grande quantidade de chuva, obrigando o bloqueio total do trânsito desde então.
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De acordo com o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, o projeto prevê a realização de obras em duas etapas. A primeira consiste na detonação de rochas da encosta que fica ao lado da estrada. O material será utilizado para recompor as pistas originais. Além disso, também será implantado na base do aterro por onde passa a estrada um dispositivo chamado de chaveta de reforço. A estrutura é formada por pedras de grande porte que, além de dar sustentação ao terreno, também facilitam o escoamento da água, evitando novos desmoronamentos no futuro. Uma vez concluídas essas soluções, o que o Daer prevê que ocorra em três meses, será possível liberar o tráfego de forma parcial.
— Tendo em vista que o tráfego está interrompido, desde o início pedimos que os engenheiros levassem em conta uma solução para restabelecer o tráfego no menor tempo possível — observa Faustino.
A segunda etapa consiste na implantação de telas metálicas na encosta que será detonada ao lado das pistas, a fim de evitar deslizamentos.
O prazo exato para que o fluxo possa ser restabelecido ainda depende da conclusão do orçamento da obra, o que está previsto para ocorrer em até 10 dias. Em seguida será encaminhada a contratação por meio de um pregão emergencial. O processo costuma levar pouco tempo, segundo Faustino, o que pode permitir o início da obra ainda em setembro.
Uma alternativa para a RS-448 é uma estrada que passa pelos municípios de Farroupilha, próximo à ponte sobre o Rio das Antas, na divisa com Nova Roma do Sul, e Pinto Bandeira. A estrada passa por alargamento em pontos críticos para facilitar o tráfego de caminhões, atualmente proibido. Conforme o prefeito de Nova Roma, Douglas Pasuch, que mobilizou equipes juntamente com os outros dois municípios, a expectativa é de que o trabalho termine em duas semanas, se o tempo colaborar.
Pausa na RS-437
Enquanto o tráfego da RS-448 não é restabelecido, a principal alternativa terrestre é a RS-437, que liga Nova Roma do Sul a Antônio Prado. A estrada passa por pavimentação e teve as obras retomadas em maio após quatro meses paralisadas.
Nas últimas semanas, contudo, o maquinário foi retirado do canteiro de obras. Apesar da falta de movimentação, as obras não foram interrompidas, segundo o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino. As equipes realizaram uma pausa para finalizar obras em municípios, que tinham prazo mais apertado.
— Essa obra já teve terraplenagem, base e sub-base concluídas em gestões passadas. É uma obra que não tem continuidade e o pessoal não vai ver todo o dia máquinas trabalhando. Quando a empresa mobiliza, eles já fazem a camada asfáltica completa. Ela está com ritmo adequado com o orçamento e com o cronograma. Se tivéssemos obras do zero aí sim se veria máquinas todos os dias — explica.
A expectativa é de que as equipes retornem ao canteiro de obras na próxima semana para a finalização de um quilômetro de asfalto. O trecho entre Nova Roma do Sul e Antônio Prado possui 13 quilômetros. Do total, 2,5 quilômetros já receberam a última camada asfáltica, enquanto outros 2,5 quilômetros estão prontos para a aplicação. Os cerca de oito quilômetros restante já contam com a base em praticamente todo o trecho.