A Fundação de Assistência Social (FAS) de Caxias do Sul precisou antecipar a compra de 1.515 cestas básicas destinadas a famílias impactadas pela pandemia devido à alta demanda. A aquisição, por meio de uma ampliação de contrato já existente, estava programada para setembro, mas acabou ocorrendo em agosto para garantir a distribuição. A entrega de 1,3 mil foi nesta quinta-feira (20).
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O contrato original previa a compra de 6.060 cestas, com custo total de cerca de R$ 321,7 mil, além de um aditivo, caso necessário, de 25%. Quando se opta pela ampliação de contrato, não é necessário realizar nova licitação, o que leva tempo. Dessa forma, é possível comprar as novas cestas pagando um adicional de R$ 80,4 mil ao fornecedor.
A FAS ainda tem um segundo contrato em vigor, para o fornecimento de 18.180 unidades. Uma ampliação dessa parceria ainda está em negociação. Ainda que ela seja formalizada, contudo, não será suficiente para dar conta da demanda, que está na faixa de 10 mil mensais, com perspectiva de aumento (em janeiro e fevereiro, por exemplo, foram 830 mensais). Por isso, em setembro, uma licitação será lançada para firmar um novo contrato. A quantidade não está definida, mas é estimada em cerca de 30 mil cestas básicas. A intenção é garantir a distribuição até janeiro.
De acordo com a presidente da FAS, Marlês Sebben, a quantidade de famílias registradas apenas no Cadastro Único, que reúne dependentes de programas sociais, passou de 14 mil antes da pandemia, para 23 mil. O número atual corresponde a 63 mil pessoas. Além disso, há as famílias que passam por dificuldade momentânea, mas que antes tinham renda suficiente para se manter. Das 10 mil cestas distribuídas ao mês, 8 mil são entregues via Centros de Referência em Assistência Social (Cras). A distribuição das outras 2 mil ocorre via Secretaria da Educação, para famílias com crianças que dependem da merenda escolar, e Secretaria da Cultura, para trabalhadores do setor que ficaram sem renda devido à suspensão de shows e eventos, por exemplo.
— Algumas pessoas não têm mesmo condições, então elas recebem mais de uma cesta básica. Mas não temos como atender a todos. Então, se as pessoas tiverem alguma renda para completar, ótimo. Também tem que ter a consciência de que se não precisa não deve ir buscar. E, se precisa, tem o direito de receber — explica Marlês.
Somente a compra das cestas, que tem ocorrido com recursos federais, não tem sido suficiente para atender a todos. Por isso, a FAS conta com doações do Banco de Alimentos e da própria comunidade. E Marlês reforça que é importante continuar contribuindo.
— Essas doações permitem oferecer a famílias que não têm condições um maior número de cestas.
ONDE DOAR
Supermercados, postos de combustíveis e farmácias (podem ser entregues também produtos de higiene)
COMO RECEBER
É preciso entrar em contato com o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) responsável pela região onde o beneficiário mora. Um horário é agendado para a retirada. Equipes do Cras também podem entregar para pessoas impossibilitadas de comparecer na unidade.