A bandeira laranja voltou à Serra nesta semana e animou parte das pessoas a retomar práticas que estavam abandonadas. Mesmo que as academias já tenham entrado para a lista de permissões em bandeira vermelha, a cor laranja de classificação no contágio por coronavírus faz com que muitos tomem coragem para retornar aos treinos. Por conta disso, houve maior procura nos espaços nesta quarta-feira (5), em Caxias do Sul, somado ao tempo ensolarado, que colaborou para práticas esportivas.
As academias podem funcionar com 25% dos colaboradores e distância de 16m² por aluno, além da obrigação dos responsáveis de higienizar constantemente os aparelhos. Por volta das 11h, havia uma pessoa treinando em uma academia localizada na Rua Augusto Pestana, no bairro São Pelegrino, em Caxias, nesta quarta.
— Com a bandeira laranja as pessoas entendem que podem sair mais. Para nós é ótimo porque as pessoas vêm tratar da sua saúde e estamos conseguindo que o aluno entenda bem a proposta dos cuidados — relata Jovir Demari, proprietário do espaço, que também oferta atividades aquáticas no estabelecimento.
Exemplo de quem recorre ao esporte na água para manter a saúde em período de pandemia é o professor Ronaldo Leites Diaz, 39. Ele sofre de esclerose múltipla, uma doença autoimune que ataca o sistema nervoso central.
— É complicado para um portador de esclerose múltipla ficar sem atividade física. Fui liberado para a natação devido ao cloro, então voltei faz mais de um mês e me sinto seguro desde a entrada da academia— conta Diaz, que passou a nadar cinco vezes por semana.
Antes, ele somava os exercícios aquáticos com os treinos em aparelhos, mas abandonou a parte da academia para focar na piscina.
Já a estudante Luísa Pontalti, 20 anos, preferiu não abandonar os treinos de academia durante o isolamento.
— Estou conseguindo continuar e me sinto muito segura. Às vezes parece que está mais limpo que na nossa própria casa. Vejo uma constante limpeza quando saio dos equipamentos — diz.
As academias tiveram que fechar totalmente as portas nas primeiras classificações de bandeira vermelha, mas houve liberação na metade julho. Com as alterações, os estabelecimentos passaram a atuar seguindo as regras estabelecidas que, atualmente, são as mesmas tanto na vermelha quanto na laranja.
Mesmo assim, ainda é difícil prever o que acontecerá com os espaços no quesito financeiro.
— É inviável em termos de estrutura e estaríamos pagando pra trabalhar, mas estamos felizes em atender! — ressalta Demari.