As barragens do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul vão ganhar planos de segurança e também planos de ação de emergência. A elaboração dos documentos ocorrerá após a realização de estudos, que estão em fase de contratação pela autarquia. Serão contempladas as represas Marrecas, Faxinal, Maestra, São Miguel, São Paulo, São Pedro, Samuara, Santa Helena e Galópolis I e II.
Os planos de segurança preveem diretrizes, como o monitoramento constante, planejamento de manutenção e operações das barragens, entre outros. Já o plano de ação de emergência deve contemplar a identificação das áreas atingidas em caso de eventual rompimento das barragens e diretrizes de alerta e evacuação.
De acordo com o diretor-presidente do Samae, Ângelo Barcarolo, as medidas atendem à legislação federal e também a uma portaria da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado, que determinam a criação de ações para manter a segurança das operações.
— Após os episódios de Mariana e Brumadinho, todas as questões de planos de emergência ficaram mais evidentes. É um plano de urgência para o país — ressalta.
Apesar da necessidade dos estudos, Barcarolo afirma que as barragens da cidade já passam por monitoramento constante e não apresentam nenhum risco de rompimento. Segundo ele, o que existe hoje é o básico, que será complementado.
— Os técnicos vão analisar toda a geografia onde a barragem está inserida e qual a repercussão disso — exemplifica.
Para a verificação de todos os detalhes, serão necessários dois anos entre levantamento dos dados e elaboração dos planos. O custo está estimado em R$ 1,97 milhão.
Após o encaminhamento dos estudos, o Samae também pretende contratar uma empresa para a manutenção das barragens. Conforme Barcarolo, atualmente há necessidade de reparos em todas as represas, embora nenhum caso ofereça risco. As ações vão desde a pintura de guarda-corpos até a retirada de material acumulado junto aos barramentos. Ao todo, as ações devem custar cerca de R$ 3 milhões.