A demora para uma retomada efetiva nas obras de asfaltamento das ruas Higino Onzi e Ernesto Marsiaj, no entorno da Estação Principal de Integração (EPI) Imigrante, entre os bairros Lourdes e Petrópolis, foi causada pela dificuldade de mobilizar máquinas e funcionários após a paralisação imposta pelo poder público no fim de março. A situação do terreno da Higino Onzi, que passou por escavações para conserto da rede de drenagem, tem sido alvo de reclamações de vizinhos. Entre os relatos, estão a grande quantidade de lama em dias de chuva e dificuldades de acesso às garagens.
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Segundo Rui Feijó, um dos responsáveis técnicos da RGS Engenharia, empresa contratada para a pavimentação, o trabalho, iniciado em fevereiro, ficou de 15 a 20 dias parado devido ao decreto do município. Após a liberação, foram mais 15 a 20 dias para conseguir reunir toda a estrutura necessária. Agora, segundo ele, a empresa já está em condições de acelerar o trabalho.
— A dificuldade maior foi a remobilização do pessoal. Não sabíamos quanto tempo ficaríamos parados quando houve o decreto. Desligamos muita gente, devolvemos equipamentos e deslocamos outros para outras obras que não tinham parado. Aí tivemos que cumprir os outros compromissos — explica.
Conforme Feijó, as obras de drenagem já estão praticamente prontas e a previsão é iniciar nesta semana a aplicação da base para asfaltamento. A Rua Ernesto Marsiaj, nas proximidades, também será asfaltada, mas não será necessário substituir a tubulação.
Na última sexta-feira (19), a Secretaria de Trânsito notificou a RGS a dar explicações a respeito da demora da obra. O assunto será discutido em uma reunião entre o secretário Alfonso Willembring e representantes da empresa. O prazo de conclusão do trabalho era previsto inicialmente para o fim de maio, mas com a paralisação da pandemia a entrega foi adiada para agosto.
A pavimentação da Higino Onzi e da Ernesto Marsiaj integram um projeto de melhorias do entorno da EPI Imigrante. O objetivo é criar condições para que os ônibus que saem do terminal possam utilizar as vias para acessar os bairros da zona leste, como o Cruzeiro. O pavimento de paralelepípedo não proporcionava a aderência necessária devido ao terreno acidentado. O custo total do asfaltamento é de R$ 1 milhão.