A demora na conclusão de uma obra de pavimentação tem causado transtorno aos moradores da Rua Higino Onzi, entre os bairros Lourdes e Petrópolis, em Caxias do Sul. A via, que passa atrás da EPI Imigrante, está interrompida desde fevereiro, sem que haja uma previsão concreta para o trânsito sem normalizado. Não bastasse isso, a fase atual das obras deixa o terreno coberto de terra, o que muitas vezes dificulta o acesso de veículos aos imóveis.
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De acordo com moradores ouvidos pela reportagem, o trabalho teve início em fevereiro, mas foi paralisado em março por conta da quarentena. Durante esse período, todas as obras da cidade precisaram obrigatoriamente ser interrompidas. O problema, de acordo com os relatos, é que assim que teve autorização para ser retomada, a pavimentação nunca teve o ritmo adequado.
Na manhã desta sexta-feira (19), havia apenas três funcionários e uma retroescavadeira no canteiro de obras. O maquinário, contudo, estava parado. Além da pavimentação, o projeto prevê reparos nas redes de esgoto, o que exigiu escavações na via. Agora, os paralelepípedos foram retirados para a realização da base e posterior aplicação do asfalto. Essa etapa coincidiu com os dias chuvosos das últimas semanas, e gerou um terreno pantanoso para a vizinhança.
— Quando chove não tem como entrar no prédio, teve dias que alguns moradores não conseguiram. A oficina aqui ao lado abandonou o espaço e foi para outro lugar. Um dos motivos é que os clientes não conseguiam chegar — afirma Gilmar Damiani, 64 anos, que mora em um edifício das proximidades e também possui uma empresa a poucos metros de casa.
A obra faz parte de um projeto que inclui ainda a pavimentação da Rua Ernesto Marsiaj, que divide a EPI Imigrante e o Monumento Nacional ao Imigrante. O objetivo é criar condições para que os ônibus que saem do terminal possam utilizar as vias para acessar os bairros da zona leste, como o Cruzeiro. O pavimento de paralelepípedo não proporcionava a aderência necessária devido ao terreno acidentado. O custo total do asfaltamento é de R$ 1 milhão.
O secretário de Trânsito, Alfonso Willembring, deve notificar a empresa RGS Engenharia, responsável pela obra, nesta sexta-feira para o que o trabalho seja retomado imediatamente. Segundo ele, 40% do projeto já foi executado, mas o atraso é muito grande em relação ao cronograma inicial. Willembring reconhece os problemas da obra, mas afirma que a empresa não deu nenhuma explicação do motivo do atraso.
— O prazo é agosto e tenho dificuldade de acreditar que vão terminar. Vou chamar os representantes para conversar possivelmente na segunda-feira (22). Se não aparecer um resultado na semana que vem, vamos partir para penalização. Não queremos romper o contrato e chamar o segundo colocado, porque senão essa obra só termina no ano que vem — admite o secretário.
A reportagem não conseguiu contato com representantes da RGS Engenharia.