:: RIO DE JANEIRO
Aqui no Rio estamos sendo orientados a ficar em casa. As escolas, tanto públicas quanto privadas, liberaram os alunos - e a maioria já começou as aulas online. Nosso prefeito, Crivella, decretou que os estabelecimentos fossem fechados. Só continuam abertos locais imprescindíveis, tais como farmácias e mercados. Locais públicos e turísticos também estão fechados, como é o caso dos museus, do Pão de Açúcar e do Cristo. O transporte público diminuiu e as praias foram interditadas em medida extrema para que as pessoas parassem de sair de casa. Algumas pessoas, no entanto, ainda têm que sair, pois não foram liberadas de seus empregos. Ainda, comprar álcool em gel e máscaras tem sido uma tarefa muito difícil, pois as pessoas saíram comprando em grande quantidade e assim que uma loja ou farmácia recebe um novo carregamento, já tem fila e ele logo acaba. Grande preocupação também gira em torno das favelas, onde às vezes temos 5, 10 pessoas morando na mesma casa, muitas vezes sem acesso ao saneamento básico, muito menos a álcool em gel. O que podemos fazer para ajudar é ficar em casa, para não dar chance do vírus circular.
Aline Danieli, 30 anos, professora de inglês de Carlos Barbosa que mora no Rio de Janeiro.
:: SÃO PAULO
Olá! Escrevo desde São Paulo, próximo à Av. Paulista, ou seja, próximo a uma das áreas mais agitadas do Brasil. Estou em home office há cerca de duas semanas. É surreal observar a cidade nesses dias. Poderia muito bem ser uma cena de filme de ficção científica. Um silêncio opressivo... Enfim, estamos vivenciando o inédito. Estamos em quarentena oficial, com todos os estabelecimentos não-essenciais fechados. Sair pra rua, apenas para ir a mercados ou farmácias. Preocupa a situação de moradores de rua, que estão sem o seu ganha pão (esmolas, etc.). Espero que o governo saiba lidar com isso. No mais, teremos que conviver com nós mesmos (no meu caso), ou com outrem, full time. O resultado dessas experiências veremos em breve. E que esse vírus seja contido o quanato antes. Cuidemos dos nossos velhinhos. Fique em casa!
Rafael Campagnolo, 42 anos, bancário de Caxias do Sul que mora em São Paulo.