Depois de mais de três anos com o prédio destinado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Farroupilha pronto, o prefeito Claiton Gonçalves (PDT) voltou a prever que o espaço abrigue mesmo a UPA da cidade. Nos últimos anos, o prefeito chegou a projetar que funcionasse no local um centro regional de diagnóstico do câncer e, mais recentemente, uma policlínica, que inclusive chegou a ter o início do funcionamento previsto para os primeiros meses deste ano.
No momento, o prédio, que estava vazio até há pouco tempo, está sendo utilizado como um hospital de campanha, funcionando como centro de atendimento a pessoas com sintomas da covid-19 em Farroupilha, serviço que foi batizado de UPA Coronavírus. Este serviço é totalmente custeado pelo município.
Leia mais
Policlínica irá funcionar em prédio que seria destinado para a UPA em Farroupilha
Centro Especializado em Saúde será transferido para prédio da UPA de Farroupilha
Farroupilha tenta captar R$ 11 milhões junto a empresas para equipar centro de diagnóstico do câncer
Câmara de Farroupilha aguarda para esta quarta-feira definição de data para depoimento do prefeito
O centro de diagnóstico do câncer que o prefeito havia planejado inicialmente não avançou porque não houve autorização do Ministério da Saúde para esse formato, segundo o prefeito, mas sim como uma policlínica. Já em novembro de 2019, o Ministério publicou autorização para o prédio ser usado como policlínica. Segundo o prefeito, o custeio, no entanto, ficaria a cargo do município. Segundo Claiton, que está em Brasília nesta semana, agora houve uma garantia por parte do Ministério da Saúde de que a União fará repasses para o custeio da futura UPA.
- Só por esse motivo que resolvemos abrir como UPA. Uma policlínica teria um custo menor que uma UPA, mas ficaria inteiramente para o município - comenta Claiton.
Conforme o prefeito, a UPA, de categoria 2, será custeada em 50% pela União. O restante se dividiria em 25% para o Estado e 25% para o município. O custo total estimado por mês é de R$ 700 mil a R$ 800 mil.
- 25% viriam do Estado, com quem temos uma relação muito franca através da secretária Arita (Bergmann), com quem não vejo problemas em buscar encaminhar essa questão - afirma.
Segundo Claiton, a possibilidade de a União reconhecer e custear a UPA não avançava nos últimos anos no Ministério porque houve uma mudança em relação a um projeto concebido na gestão anterior do município, em que a unidade seria construída ao lado do Hospital São Carlos. Segundo Claiton, na gestão atual a prefeitura decidiu fazer a construção em outro terreno para seguir o projeto padrão previsto para a unidade, e não um prédio verticalizado, como havia sido projetado ao lado do hospital. A autorização para a construção de uma unidade para abrigar o serviço foi obtida pelo município ainda em 2009.
A previsão do funcionamento de uma UPA, segundo Claiton, deverá passar agora pelo Conselho Municipal da Saúde e pelos conselhos que reúnem gestores municipais da área da saúde nas esferas regional e estadual. A partir dessas aprovações, o recurso do Ministério deverá ser liberado.
O projeto da policlínica previa serviços como o Centro Especializado em Saúde (CES) e o Centro Integrado de Cuidados da Mulher e da Criança, que funcionam em uma unidade no bairro Centenário. Esses serviços, segundo o prefeito, continuarão no mesmo espaço que ocupam atualmente. O projeto de Farmácia Integrada continua previsto no bairro São Luiz mesmo com o serviço da UPA, já que o terreno tem um desnível e essa farmácia funcionaria em um andar abaixo da estrutura da unidade. O prefeito tinha a intenção de deslocar a base do Samu do Hospital São Carlos para a unidade no Centenário, de onde sairia o CES; agora, vai buscar um outro local para a base das ambulâncias.
Já em relação à equipagem da UPA, os móveis e outros itens estão quase todos disponíveis, até por conta do funcionamento do prédio como ponto de atendimento para pacientes com sintomas respiratórios neste momento. Segundo Claiton, entre os itens que faltam, estão uma mesa cirúrgica e ventilador mecânico para sala de cirurgia e a montagem da sala para exames de raio-x, mas considera que essas intervenções são simples.
Leia também
Prefeito de Farroupilha quer testar população de áreas carentes para o coronavírus
Farroupilha inicia os testes rápidos e confirma mais dois pacientes com coronavírus
Uso de máscaras para prevenir coronavírus pode se tornar obrigatório em Caxias do Sul