A infectologista Viviane Buffon não considera recomendável ter crianças em escolinhas nesse momento de pandemia. Ela aponta as dificuldades que os educadores terão para mantê-las afastadas uma das outras ou para evitar o compartilhamento de objetos.
A médica também reforça que não é possível o uso de máscaras em menores de dois anos porque há risco de sufocamento e, mesmo as crianças maiores, não têm discernimento suficiente para o manuseio correto da proteção facial. Viviane diz que é necessário avaliar a estrutura da escola e a condição de cada estabelecimento, função que caberia ao órgão fiscalizador.
— O quanto reduzido seria de fato o número de alunos numa sala? Se for abrir, deveria se instituir quais seriam as medidas de prevenção. Os professores vão ter EPIs? Quais os tipos? Mas cada escola é um caso.
A médica reconhece que as crianças precisam retornar às escolinhas, uma vez que os pais precisam trabalhar. Por outro lado, a questão sanitária torna essa retomada preocupante. Há possibilidade de surtos de outras doenças, o que levaria os alunos ao sistema de saúde, procedimento hoje visto como propenso a facilitar o contágio por covid-19.
— As crianças são portadoras e também existem outras doenças que vão aumentar, como a bronquiolite que, hoje, isoladas, não ocorrem tanto. Em casa, o acometimento é menor, mas com o contato maior pode aumentar os casos de pneumonia, de bronquiolite... — alerta Viviane.
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