O primeiro caso de coronavírus confirmado na cidade de Garibaldi é do atleta de futsal Fábio Poletto, de 31 anos. Ele deixou a Itália em 11 de março, ao lado da esposa e filhos, por orientação da diretoria de seu clube na Europa, o Mantova Calcio a 5, e apresentou os sintomas quando já estava em isolamento na Serra, na casa de seus pais.
— Quando chegamos, a secretaria de saúde da cidade entrou em contato conosco e cumprimos o protocolo de isolamento. No último dia, infelizmente, eu tive uma febre baixa. Fiz o exame e deu positivo. Hoje eu estou me sentido normal, mas também penso nos próximos — explicou Poletto.
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A cidade de Mântua, onde atua Fábio Poletto, fica na região da Lombardia, norte da Itália, uma das mais afetadas pelo coronavírus. Embora esteja cumprindo as orientações de isolamento, inclusive de sua família, Poletto está incomodado com informações, consideradas por ele falsas, que circulam pelas redes sociais.
— Falaram que eu paguei churrasco para uma turma, que atuei pelo citadino de futsal, entre outras coisas. Quero esclarecer que não houve nada disso e divulgar a verdade, não o que estão falando por aí. Das pessoas com quem eu tive contato, nenhuma apresenta sintomas — disse o atleta.
Fábio Poletto atua como pivô e começou a jogar futsal na Cortiana/UCS, em 2008. Em 2011 se transferiu para a ACBF, de Carlos Barbosa, onde atuou por três temporadas. Passou também pelo Atlântico, de Erechim, e pelo Jaraguá Futsal, de Santa Catarina, antes de se transferir para o Araz Naxçivan, do Azerbaijão. Em 2016, ele serviu o país do Leste Europeu na Copa do Mundo de Futsal, na Colômbia. Em 2017, retornou ao Brasil, para atuar no Copagril-PR. A transferência para a Itália ocorreu na metade do ano passado, para atuar primeiro pelo Feldi Eboli e agora pelo Mantova.
— Quero deixar bem claro que as pessoas que tiveram comigo estão isoladas, sem nenhum sintoma. Esse coronavírus está sendo um problema, principalmente pelo preconceito e julgamento que minha família está recebendo. Faz dias que eu não posso dar um abraço nos meus filhos. Estou dentro de casa, mas distante deles. E isso é o pior. Tenho fé em Deus que isso vai passar, não só para mim como para as outras pessoas — comentou o jogador.