O município reconhece que o quadro atual de casos confirmados de coronavírus – 11 casos – pode não indicar a realidade do contágio na cidade. Isso se explica porque não há testes suficientes para um diagnóstico amplo. No momento, estão sendo coletados exames apenas de pacientes hospitalizados com sintomas graves no quadro respiratório e febre, profissionais de saúde e viabilizadas outras cinco coletas semanais de forma aleatória com o público em geral. Andréa Dal Bó, diretora das vigilâncias em Saúde, garante que o município tem solicitado aos laboratórios privados que enviem toda semana uma atualização do painel viral de coronavírus e da influenza.
Na semana passada, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para a explosão de casos de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. Quando o primeiro caso de covid-19 foi confirmado Brasil, em 26 de fevereiro, havia 662 pessoas em tratamento hospitalar por doença respiratória. Entre os dias 15 e 21 de março, o número de novos pacientes havia subido para 2.250. É indicativo de que pode estar ocorrendo a influência do coronavírus.
Nesta semana, a Secretaria da Saúde pretende divulgar um estudo comparativo de pacientes para entender se houve aumento de casos de SRAG em Caxias. Ao analisar as notificações da semana de 22 a 28 de março de 2019, não havia registro de pacientes com esse quadro. No mesmo período deste ano, os hospitais já registraram 16 pacientes com SRAG – dados da tarde de sexta.
– No Brasil, a SRAG aparece muito mais, mas em Caxias não estamos vendo um quadro assim. A SRAG pode ser provocada por pneumonia, tuberculose e também por covid. Essa variação pode ser em decorrência de subnotificações no ano passado ou de aumento de casos mesmo. Estamos fazendo levantamento de 2019 para comparar com 2020 – adianta Andréa.