No começo da manhã deste domingo (16), a captação de água bruta do sistema Faxinal, em Caxias, foi retomada em 100%. Com isso, ela voltou a chegar à Estação de Tratamento no Parque da Imprensa, no bairro Nossa Senhora de Lourdes, e dali, a ser distribuída. O abastecimento aos moradores deve se normalizar nas próximas horas.
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– O sistema já está retomado. Hoje (domingo), às 5h45min, colocamos 943 litros de água por segundo no Parque da Imprensa, retomando o tratamento de maneira completa. Logo, em seguida, reiniciou o processo de abastecimento de forma integral –informou o diretor-presidente do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae), Idair Antônio Moschen.
O problema ocorreu na tarde da última sexta-feira (14), quando uma das tubulações (500 milímetros) rompeu na localidade de Santo Homo Bom. Depois, ocorreu outro ponto de vazamento, perto da represa do Faxinal. Para realizar o conserto, foi preciso desativar todo o sistema de bombeamento, parando também a captação pela outra rede, de 700 milímetros. Em função disso, toda a metade sul da cidade foi atingida, em um total de cerca de 200 mil habitantes. Os quatro reservatórios que atendem a esta parte do município, e que juntos somam 30 mil metros cúbicos de água, secaram.
Para reduzir o impacto, enquanto o conserto era feito, o Samae interligou as redes de fornecimento com outros sistemas da cidade, o Marrecas, o Dal Bó e o Maestra. Mesmo assim, moradores dos bairros São Pelegrino e Galópolis, por exemplo, se queixaram de falta de água. Hospitais, casas de saúde e de repouso foram atendidos por quatro caminhões-pipas colocados em operação. Segundo o Samae, nenhum morador requereu esse atendimento.
– Conseguimos com essas manobras de interligação de rede reduzir sensivelmente o problema – disse Moschen.
Outra reclamação que chegou ao Samae, pelo telefone 115, foi em relação à cor escura da água que saiu das torneiras após retorno do fornecimento. O diretor-presidente explica que ao longo do tempo criam-se placas na parte interna das tubulações da rede de distribuição. Foram essas placas que descolaram e foram parar nas casas. Moschen garante que não é material contaminante, ou seja, não oferece risco à saúde.
Os rompimentos atestam o desgaste das redes do sistema Faxinal que têm mais de 30 anos. Em função da dificuldade de avaliar toda a rede que é subterrânea, o Samae admite a possibilidade de construção de uma nova tubulação, mas diz que, por se tratar de uma obra vultuosa, demanda estudos técnicos, inclusive sobre o traçado entre os bairros Ana Rech e Lourdes. Também devem ser consideradas outras alternativas como ampliação do sistema Marrecas que tem, segundo Moschen, capacidade para dobrar o volume de captação.
– É uma obra gigantesca, mas estamos com uma rede extremamente estressada, antiga. Se for utilizada com responsabilidade do ponto de vista de pressurização, vai muito longe ainda – declarou Moschen.
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