A prefeitura de Caxias do Sul quer mudar a forma como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte é administrada a partir de setembro, quando se encerra o contrato com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). A ideia é que servidores do município assumam os cargos de diretoria. Pela proposta do secretário da Saúde, Jorge Olavo Hanh Castro, parte da equipe passaria a ser municipalizada, em um sistema misto, com uma organização privada que forneceria outra parte dos funcionários.
Os detalhes devem constar em edital a ser lançado nos próximos meses. A gestão de Daniel Guerra (Republicanos) iniciou em 2017 os atendimentos na UPA, que estava pronta e fechada há três anos, com um sistema chamado de gestão compartilhada. Na prática, a prefeitura contratou o IGH, por meio de licitação, como a organização social responsável pelo funcionamento da UPA.
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A administração do prefeito cassado sempre rejeitou o termo terceirização em relação à forma como o serviço é mantido e sustentou que participava da gestão. No entanto, o atual secretário considera que a atuação do município, atualmente, é insuficiente.
— O papel (do município hoje) é muito pequeno, só na fiscalização e não na política de funcionamento — acredita.
A administração Guerra chegou a anunciar o fim do contrato com o IGH para a substituição por outra organização, por considerar que o serviço prestado não atendia aos critérios exigidos, mas a gestão de Flávio Cassina (PTB) decidiu manter o instituto na administração da UPA. A mudança deve ocorrer em setembro, quando vence o contrato.
UPA Central permanece com atual gestão
Nesta semana, o município também recebeu o pedido do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul para que a UPA Central, o antigo Postão, volte a ter atendimento com servidores públicos. Conforme o presidente da entidade, Marlonei Santos, um levantamento aponta que cerca de 50 médicos estão dispostos a voltar para o trabalho no serviço de urgência e emergência. Eles foram realocados para postos de saúde quando a prefeitura decidiu reformar o prédio e também fazer uma licitação para contratar a empresa que faria a gestão compartilhada da UPA.
O atual secretário da Saúde diz que não há previsão de mudanças na UPA Central por enquanto. Castro salienta que o serviço entrou em funcionamento há 40 dias e, agora, é preciso aguardar para analisar como o atendimento ocorre.