No ano passado, 105 contêineres de lixo seletivo e três de lixo orgânico foram queimados em Caxias do Sul. Conforme o gerente operacional da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), Ricardo Becker, os dados representam uma diminuição no número de equipamentos destruídos por atos de vandalismo em relação a 2018, quando foram 114 registros ao todo.
Becker explica que os amarelos, onde são recolhidos o lixo seletivo, são os mais afetados pela ação dos vândalos, porque costumam derreter completamente:
— Os contêineres amarelos normalmente têm perda total quando são incendiados, pois são fabricados em polietileno de alta densidade. Apesar de o material ter em sua composição um aditivo anti-chama, que evita que crie labaredas, o polietileno continua sendo inflamável e faz com que o contêiner derreta completamente. Já os (contêineres) verdes são mais resistentes porque são feitos de metal e, por isso, são menos atacados pelos vândalos.
De acordo com o gerente operacional, a reposição de cada contêiner de lixo seletivo custa R$ 1.010 aos cofres da autarquia e a substituição de cada contêiner de lixo orgânico, R$ 4.950. Com isso, a despesa total para a troca dos equipamentos queimados em 2019 foi de cerca de R$ 120 mil. Becker lamenta a ação dos vândalos, mas afirma que a Codeca já está trabalhando para coibir os atos contra o patrimônio público.
— Caxias tem mais de 1,8 mil contêineres. Em alguns pontos, como nos bairros Pio X e São Pelegrino, muitos equipamentos são queimados. Chegamos a ter quatro ou cinco contêineres destruídos numa mesma noite. É uma pena, mesmo. Para tentar remediar a situação estamos substituindo os contêineres amarelos de plástico por outros de metal. Temos trinta unidades no município, mas essa troca é um processo relativamente lento.
O gerente operacional da Codeca diz que a autarquia também costuma realizar reparos parciais nos equipamentos. Esses consertos são normalmente mais baratos, ficando em torno de R$ 400 a R$ 500. Entre as situações mais registradas, estão rodas estragadas e amassamento na estrutura ou tampa.
— Caso o morador verifique a necessidade de reparo no contêiner, basta entrar em contato com a Central do Cidadão. Durante o período em que o equipamento é removido para conserto, outro é colocado na rua para evitar que a população fique desassistida— explica Becker.
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