Quase seis mil banhistas já tiveram uma dolorosa experiência neste início de verão. Em apenas cinco dias, de sábado a quarta-feira, 5.872 pessoas sofreram queimaduras de águas-vivas no Litoral Norte – só Capão da Canoa registrou 1.116 casos. O balanço é da Operação RS Verão Total 2020 do governo do Estado. É cinco vezes mais do que o mesmo período do ano passado, que teve 1.122 pessoas feridas. No último veraneio, de dezembro de 2018 a março deste ano, o total de casos superou a impressionante marca dos 111 mil.
Quem sofrer ataques desse tipo é orientado a se dirigir imediatamente a uma guarita de guarda-vidas. De acordo com o major Isandré Antunes, chefe da Assessoria de Operações e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros Militar, todas elas disponibilizam vinagre, que proporciona o alívio imediato da dor.
Eduardo Chem, cirurgião plástico e diretor do Banco de Pele da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, alerta que, em primeiro lugar, é essencial observar se a água-viva não deixou tentáculos na pele da vítima. Eventuais resquícios, similares a fios ou cordões, precisam ser removidos. Não se pode, entretanto, encostar diretamente neles.
Chem recomenda cobrir os dedos com uma toalha ou camiseta antes de retirar os tentáculos. Feito isso, é preciso lavar o local com água salgada ou mineral - jamais com água doce, da torneira ou do chuveiro, que potencializa o efeito dos químicos liberados pelo bicho. O cirurgião também indica a utilização de vinagre. A aplicação de compressas quentes e, cerca de meia hora depois, um banho morno podem ser benéficos.