A detonação realizada no início da tarde desta quarta-feira (4) na encosta do km 43 da RS-122, em Farroupilha, derrubou cerca de 12 mil toneladas de rochas. O valor supera a previsão dos engenheiros de que cairiam entre oito mil e 10 mil toneladas de material. O total também representa quase o triplo do material que desceu a encosta no dia 4 de novembro e foi recolhido na primeira etapa da obra. Na ocasião, a remoção durou quase 10 dias, embora houvesse o risco de queda de novas pedras, o que não ocorre agora.
Com a conclusão do trabalho na parte superior do paredão, o trabalho volta a se concentrar na pista, agora para a remoção das rochas que caíram. Na manhã desta quinta-feira (5), funcionários da empresa Encopav, contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para a manutenção da rodovia, utilizavam três retroescavadeiras para o recolhimento de pedras menores. Enquanto uma removia o material que estava sobre a pista, outra estava no alto do paredão derrubando as últimas pedras que ainda ameaçam cair. A terceira máquina operava um martelete hidráulico para quebrar algumas pedras.
Conforme o diretor de Operação Rodoviária do Daer, Sandro Wagner Vaz dos Santos, a detonação pode ser considerada satisfatória. Como esperado, uma grande volume de pedra se fragmentou em pedaços pequenos, o que facilita o recolhimento. Contudo, algumas pedras caíram em blocos grandes, principalmente a ponta sul do paredão.
— Nesse ponto, os furos foram menores por causa da dificuldade em perfurar a rocha. Então vamos dar fogo (detonar) nessas pedras só para fragmentar e facilitar a remoção. Isso pode ser feito em um dia — explica Wagner.
Vazamento de óleo atrasa perfurações em encosta da ERS-122, em Farroupilha
Trabalho na ERS-122, na Serra, é retomado, mas ainda não há previsão de liberação da rodovia
Ainda nesta quinta, uma equipe de topografia deve calcular o volume exato de material sobre a pista. Já na sexta-feira (6), geólogos do Daer devem comparecer ao canteiro de obras para avaliar se será necessário mais alguma intervenção na encosta.
Na tarde desta quarta, após a detonação, o secretário de Logística e Transportes do Estado, Juvir Costella, estimou a liberação para a próxima terça-feira (10). O prazo, porém, depende do andamento do trabalho. A chuva, por exemplo, pode atrapalhar o ritmo da equipe, embora não interrompa a obra. Além disso, somente após a remoção da maior parte do material é que será possível avaliar a integridade do asfalto. Caso a queda das rochas tenha causado danos nas faixas que se pretende liberar, será necessário consertar a pista antes de desbloquear a rodovia.