A prefeitura de Caxias do Sul já tem garantia de acordo com proprietários de quatro das seis áreas que serão desapropriadas para a construção do aeroporto de Vila Oliva. A declaração foi dada pelo secretário municipal do Planejamento, Fernando Mondadori, em entrevista ao Gaúcha Hoje da rádio Gaúcha Serra na manhã desta terça-feira (3). Segundo ele, a negociação em relação às outras duas áreas depende apenas da viabilização de documentos por parte das famílias.
A administração municipal aguarda autorização da Câmara para obter um financiamento de R$ 30 milhões que serão investidos no aeroporto. Desse total, R$ 20,6 milhões serão utilizados na indenização. De acordo com o secretário, 70% — o que representa cerca de R$ 14 milhões — são para as quatro áreas já negociadas. Mondadori explicou que existe um acordo com a União estabelecendo que as desapropriações ocorram no primeiro semestre do ano que vem. Por isso, segundo ele, não há como esperar a liberação de recursos do Estado, como estava previsto.
— Se o Estado, de fato, tem algum interesse em participar do processo, vai ter de entrar de alguma forma no pagamento do financiamento que vai ser executado — explicou.
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Na tarde desta quarta-feira (4), o município e o governo federal formalizam um acordo para repasse de recursos da União para a construção do aeroporto. A previsão é que, no total, sejam liberados R$ 200 milhões.
De acordo com Mondadori, de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões devem ser destinados no ano que vem. A prefeitura pretende contratar apenas uma empresa que fará o projeto básico e executivo, além da própria construção do aeroporto. O edital de licitação será lançado no ano que vem. A ideia, por enquanto, é que a operação seja feita por meio de concessão à iniciativa privada.
Acessos
O secretário falou também sobre os acessos ao novo aeroporto. Segundo ele, a ligação entre o centro de Caxias e Vila Oliva será feita inicialmente pela estrada que passa por Fazenda Souza e Vila Oliva. Também está em avaliação a construção de uma via expressa para esta ligação, mas Mondadori explica que isso fará parte de uma segunda etapa.
Para o acesso com a Região das Hortênsias, a Estrada do Raposo, conforme o secretário, deve ser mantida com uma característica mais turística. Uma ligação principal deve ser construída na própria parte alta de campos da região, onde vai ficar o aeroporto, sem descer pelas encostas, como a Estrada do Raposo. O secretário explica que esta obra depende de um acordo com a prefeitura de Gramado. Ainda não há previsão de recursos, mas o mais provável é que seja necessário um financiamento.
Dos R$ 30 milhões que devem ser contratados por meio de empréstimo, cerca de R$ 10 milhões são reservados para possíveis obras nos acessos viários ao novo aeroporto.
Ouça a entrevista completa: