No começo da tarde desta sexta-feira, o engenheiro civil Marcos Strauss Azambuja, especialista em situações como a que ocorreu na RS-122, em Farroupilha, avaliou a encosta no Km 43 da rodovia, onde houve queda de barreira no dia 4 de novembro. Segundo ele, há risco de novos deslizamentos em curto ou médio prazo, dependendo do volume de chuva que cair na região.
– A encosta já está bem melhor do que quando teve aquele primeiro acidente. Ela ainda tem, do que aparece aqui, riscos geotécnicos. O risco mais iminente era aquela matrial que ficou após a chuva e aquilo foi removido. Agora, apareceu um fato novo, que não é tão grave quanto aquele. Tem situações que é preciso ter cuidado, mas eles vão fazer um estudo para tentar liberar o tráfego e fazer um estudo mais detalhado de como ficou a encosta após essa remoção do risco que era mais iminente –explicou Azambuja.
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Por isso, por uma questão de segurança, o especialista sugeriu a liberação de apenas duas faixas de tráfego, uma em cada sentido de trânsito, com acostamentos laterais e uma espécie de defensa entre a faixa mais próxima da encosta e o paredão de pedra.
O diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino, reiterou que duas pistas serão desobstruídas ainda no final de semana, mas que será preciso colocar base e asfalto na faixa que foi alargada para permitir o fluxo de veículos, o que está sendo projetado para até terça-feira.
A Encopav, empresa responsável pela desobstrução da rodovia, continua fazendo a quebra de rochas menores e remoção das pedras decorrentes da explosão da encosta no último dia 4. Para este sábado à tarde está prevista mais uma detonação de rochas maiores. A ideia é que, terminada essa etapa, seja feita a limpeza da vala que serve para escoar a água da chuva junto da encosta e o trabalho de pavimentação das duas faixas que devem ser liberadas.
Confira um trecho da entrevista: