Equipes da empresa Encopav, que atuam nos trabalhos de desbloqueio da ERS-122, em Farroupilha, realizam a limpeza do terreno no alto da encosta na manhã desta quinta-feira (21). O objetivo é tornar o terreno mais estável para o acionamento da perfuratriz, que chegou ao canteiro de obras no fim da tarde de quarta-feira (20).
Pela manhã, a retroescavadeira utilizada para abrir uma clareira na mata era utilizada para remover galhos e a terra do solo até chegar na camada rochosa. Como a terra é fofa, não oferece estabilidade suficiente para o trabalho das máquinas durante a perfuração. O material removido é depositado na beira do barranco, junto às pedras que serão derrubadas. Por causa da possibilidade de queda do material sobre a rodovia, o bloqueio no km 43 foi reforçado.
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Conforme o Daer, a expectativa é de que as perfurações comecem ainda nesta quinta-feira, mas isso vai depender do andamento do trabalho. Caso seja possível, também pode ter início a fase de detonações.
Para romper a rocha, as equipes terão que abrir furos de 12 metros de profundidade para a colocação dos explosivos. Assim como na primeira etapa da obra, um plano de detonação precisou ser elaborado para que as explosões não comprometam o restante da montanha. Após as detonações, ainda será necessário remover da pista o material derrubado para, então, liberar o tráfego, o que segue sem previsão.
Na manhã desta quinta, um especialista em contenção de encostas rochosas compareceu ao canteiro de obras. Ele foi acionado para avaliar a situação e sugerir a melhor forma de conduzir o trabalho.
As ações desde a queda da barreira:
:: Na noite do dia 4 deste mês, parte da encosta na altura do Km 43, entre Farroupilha e São Vendelino, desprendeu caindo sobre as três pistas e bloqueando totalmente o tráfego de veículos na rodovia que é a principal ligação entre a Serra e a Região Metropolitana.
:: Na madrugada de terça e durante o dia, técnicos do Daer estiveram no local e equipes da Encopav Engenharia, empresa responsável pela manutenção das estradas da Serra, começaram a avaliação do terreno.
:: Na quarta (6), o início da retirada das árvores e pedras menores foi atrasado em função de uma caminhonete que passou o bloqueio e avançou sobre os galhos.
:: Na quinta, começou a quebra das rochas que estavam sobre a rodovia com uso de martelete hidráulico. O Daer, Secretaria de Logística e Transportes do Estado e Comando Rodoviário da Brigada Militar chegaram a avaliar a possibilidade de liberar o trânsito na pista sentido Farroupilha-São Vendelino, onde ocorreu a limpeza. Porém, diante do risco de novos deslizamentos, bloqueio total foi mantido.
:: No final da tarde de sexta (8), a Encopav concluiu o alargamento da pista sentido Farroupilha-São Vendelino. Técnicos dos órgãos envolvidos decidiram utilizar explosivos para quebrar as rochas maiores e derrubar parte da encosta que ameça cair. Uma empresa especializada em detonações, a Boqueirão Desmonte, fez pedido de autorização ao Exército.
:: Na manhã de sábado (9) houve nova queda de rochas no local. Além disso, voltou a chover o que aumentou o perigo de mais deslizamentos.
:: As detonações controladas começaram na segunda-feira (11) e seguiram na terça e quarta-feiras.
:: No dia 14, laudo técnico emitido por engenheiros, geólogos e geotécnicos do Daer atestou a instabilidade da encosta e o risco para quem circula pela rodovia.
:: Na sexta (15) houve nova queda de rochas e devido à instabilidade do terreno foi mantido bloqueio. Os técnicos decidiram que seriam feitas detonações no topo da encosta para derrubar a placa que apresenta fissuras.
:: Na segunda e terça-feiras desta semana foi aberto um antigo caminho em uma propriedade particular na beira de uma estrada de chão vicinal para que as máquinas conseguissem chegar ao ponto exatamente acima de onde houve a queda de barreira.
:: Na quarta, uma perfuratriz – que vai perfurar a rocha em vários pontos da encosta para colocação de explosivos chegou ao local.