Com o adiamento da perfuração do paredão de rocha que ameaça desprender na margem da ERS-122, em Farroupilha, para esta sexta-feira (22) e a previsão de chuva, as detonações devem ficar para semana que vem. A perfuração estava prevista para iniciar na quinta, mas o adiamento foi definido após avaliação das empresas envolvidas no trabalho e do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
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A equipe da Encopav Engenharia, empreiteira responsável pela manutenção da rodovia, trabalhou na remoção de terra do topo da encosta para preparar o terreno onde a perfuratriz vai atuar. O ponto fica exatamente acima do local onde houve desmoronamento de rochas sobre a rodovia no dia 4 deste mês. Do alto, é possível ver as pedras na pista. A queda de barreira causa o bloqueio total da principal ligação entre a Serra e a Região Metropolitana há 17 dias.
Uma retroescavadeira já escavou mais de quatro metros e retirou cerca de 50 cargas de terra que estavam sobre a rocha na encosta, abrindo um caminho firme para que a perfuratriz se aproxime até em torno de três metros do despenhadeiro que tem mais de 25 metros de altura. A previsão é de que a finalização da escavação siga hoje simultaneamente com o início do serviço da perfuratriz.
Essa máquina – espécie de guindaste sobre esteiras com um braço mecânico onde fica uma broca que perfura a rocha – vai fazer uma sequência de furos que terão de 12 a 15 metros de profundidade cada um em uma inclinação de 15 graus. A perfuração seguirá uma linha de 50 metros no alto da encosta e as aberturas onde serão colocados os explosivos ficarão distantes 50 centímetros uma da outra. Ainda não há quantidade definida de explosivos que serão usados.
Em função da proximidade do final de semana e da previsão de chuva para sexta, é provável que as detonações fiquem para a semana que vem. Apesar de os técnicos da Boqueirão Desmonte, especializada no uso de explosivos, dizerem que a perfuratriz atua mesmo com chuva, a instabilidade do terreno pode ser empecilho. A cada etapa é feita nova avaliação para garantir a segurança dos operários, já que novos deslizamentos ocorreram no lugar nas últimas duas semanas.
A ideia é que a detonação parta o paredão de rocha, derrubando-o fragmentado sobre a rodovia e criando uma espécie de degrau na encosta, onde poderão ser feitas novas detonações.
Por enquanto, o trecho segue totalmente bloqueado sem previsão de liberação, o que só ocorrerá depois que a encosta estiver estabilizada.