A máquina que vai perfurar, de cima para baixo, a encosta da ERS-122, na altura do bloqueio no Km 43, em Farroupilha, chegou ao topo do morro no começo da noite desta quarta-feira. A perfuratriz fará aberturas de cerca de 12 metros de profundidade na rocha onde serão colocados explosivos. O local é exatamente acima do ponto onde houve deslizamento no dia 4 deste mês, causando interrupção total do tráfego de veículos. A ideia é derrubar toda a parte instável da encosta, sujeita a novas quedas.
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Perfurações em encosta para liberar trânsito na ERS-122, em Farroupilha, devem ocorrer nesta quinta-feira
Até sexta, mais duas detonações na ERS-122, em Farroupilha
As perfurações que estavam previstas para esta quarta ocorrerão nesta quinta-feira. Ainda não estão definidos quantos pontos serão abertos nem a quantidade de explosivos que será utilizada. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) mantém também para esta quinta a expectativa de realizar as detonações. Mas tudo vai depender do andamento do processo de perfuração da rocha.
A perfuratriz – espécie de guindaste sobre esteiras com um braço mecânico onde fica uma broca que perfura a rocha – foi levada por um caminhão até o acesso ao caminho aberto pelas equipes da Encopav Engenharia, responsável pela obra. Dalí, seguiu até a clareira aberta na mata onde será posicionada para fazer o serviço. A máquina será presa por meio de um cabo de aço a uma retroescavadeira hidráulica para dar segurança aos operários que executarão o trabalho.
As ações desde a queda da barreira:
:: Na noite do dia 4 deste mês, parte da encosta na altura do Km 43, entre Farroupilha e São Vendelino, desprendeu caindo sobre as três pistas e bloqueando totalmente o tráfego de veículos na rodovia que é a principal ligação entre a Serra e a Região Metropolitana.
:: Na madrugada de terça e durante o dia, técnicos do Daer estiveram no local e equipes da Encopav Engenharia, empresa responsável pela manutenção das estradas da Serra, começaram a avaliação do terreno.
:: Na quarta (6), o início da retirada das árvores e pedras menores foi atrasado em função de uma caminhonete que passou o bloqueio e avançou sobre os galhos.
:: Na quinta, começou a quebra das rochas que estavam sobre a rodovia com uso de martelete hidráulico. O Daer, Secretaria de Logística e Transportes do Estado e Comando Rodoviário da Brigada Militar chegaram a avaliar a possibilidade de liberar o trânsito na pista sentido Farroupilha-São Vendelino, onde ocorreu a limpeza. Porém, diante do risco de novos deslizamentos, bloqueio total foi mantido.
:: No final da tarde de sexta (8), a Encopav concluiu o alargamento da pista sentido Farroupilha-São Vendelino. Técnicos dos órgãos envolvidos decidiram utilizar explosivos para quebrar as rochas maiores e derrubar parte da encosta que ameça cair. Uma empresa especializada em detonações, a Boqueirão Desmonte, fez pedido de autorização ao Exército.
:: Na manhã de sábado (9) houve nova queda de rochas no local. Além disso, voltou a chover o que aumentou o perigo de mais deslizamentos.
:: As detonações controladas começaram na segunda-feira (11) e seguiram na terça e quarta-feiras.
:: No dia 14, laudo técnico emitido por engenheiros, geólogos e geotécnicos do Daer atestou a instabilidade da encosta e o risco para quem circula pela rodovia.
:: Na sexta (15) houve nova queda de rochas e devido à instabilidade do terreno foi mantido bloqueio. Os técnicos decidiram que seriam feitas detonações no topo da encosta para derrubar a placa que apresenta fissuras.
:: Na segunda e terça-feiras desta semana foi aberto um antigo caminho em uma propriedade particular na beira de uma estrada de chão vicinal para que as máquinas conseguissem chegar ao ponto exatamente acima de onde houve a queda de barreira.
:: Ontem, uma perfuratriz – que vai perfurar a rocha em vários pontos da encosta para colocação de explosivos chegou ao local.
