Com uma queda de encosta no interior de Bento Gonçalves e um trecho de rodovia que cedeu em Casca, a região soma três pontos em que há bloqueio total ou parcial na região. O mais antigo é no Km 4 da Rota do Sol, em Itati, onde uma das faixas permanece com as rochas que deslizaram em 22 de maio deste ano.
Sobre o desmoronamento na ERS-431, na localidade de Faria Lemos, no interior de Bento Gonçalves, a 2ª Superintendência Regional do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), com sede em Bento, informou que uma equipe esteve no trecho na manhã desta segunda-feira e fez a limpeza do local. Além disso, a empresa que tem contrato de conserva das rodovias da Serra, Encopav Engenharia, vai deslocar uma máquina do tipo martelete para quebrar a pedra maior que tem cerca de seis metros de diâmetro, conforme o Daer. Depois de quebrada, os fragmentos serão removidos com uma retroescavadeira.
– Conversei com a empresa, acredito que o equipamento chegue hoje (segunda) à tarde ou amanhã (terça) para fazer o serviço (quebra da rocha) – disse o superintendente Sandro Wagner.
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Rodovia é bloqueada em Casca por risco de desmoronamento
Desmoronamento prejudica trânsito na ERS-431, em Bento Gonçalves
Até que ocorra a remoção, o trecho que fica na altura do Km 6 permanece em duas pistas. A faixa atingida pelo desmoronamento e que está interrompida é do sentido Bento Gonçalves-Guaporé. Com isso, as duas outras pistas estão sendo utilizadas uma para cada direção de tráfego. A queda da encosta ocorreu por volta das 19h30min de domingo em função da chuva forte.
Já em Casca, um trecho de 20 quilômetros da ERS-324 entre o município e Paraí está totalmente interditado. A medida foi adotada na manhã desta segunda-feira pelo Grupo Rodoviário da Brigada Militar de Casca, após vistoria feita na altura do Km 256, onde há risco de desmoronamento da rodovia.
O comandante do grupo rodoviário, sargento Norton da Rocha Flores, explica que existe um arroio canalizado que cruza sob a rodovia naquele ponto. O problema é que, com a chuvarada do domingo, a tubulação teria rompido e o volume de água passando pelo arroio teria corroído a terra por baixo das pistas nas duas laterais. De um lado, no sentido Casca-Paraí, o buraco, conforme o sargento, tem cerca de seis metros de comprimento, cortando mais da metade da rodovia por baixo, por três metros de largura. No outro sentido, há mais de um buraco, mas eles seriam um pouco menores.
– Não sei como não caiu ainda (a pista). Está toda oca por baixo. No asfalto já deu sinal de começar a ceder – relatou o comandante.
Ainda de acordo com o sargento, o asfalto já apresenta rebaixamento no ponto, por isso, a decisão foi pela interdição total, por tempo indeterminado.
Uma equipe técnica do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) avaliou a rodovia nesta segunda. Segundo o superintendente do órgão, Sandro Wagner, a previsão é de liberação até sexta-feira.
– É muito perigoso para qualquer carro que passar ali. A rodovia vai ceder questão de um metro e meio ou dois metros de largura e pode provocar um acidente. É preocupante, então, se interrompe a rodovia – pondera Wagner.
O terceiro trecho na região tem bloqueio parcial e fica na Rota do Sol, no Km 4 da ERS-486, em Itati, e aguarda conclusão de projeto para definir o tipo de contenção que deve ser feita no paredão de pedras que tem risco de novos deslizamentos.
Desvios de Casca para Paraí
Por São Domingos do Sul
:: De Casca, pela ERS-129 até São Domingos do Sul. De lá, segue até a localidade de Santa Gema, no interior do município e, depois, em direção a Paraí.
:: Via calçada, num total de 25 quilômetros.
Por Serafina Carrêa
:: De Casca, pela ERS-129 até Serafina Corrêa. De lá, VRS-351 até a localidade de Campo Carreiro, em Nova Bassano. Após, ERS-324 de novo e ERS-438 até Paraí.
:: Trecho de estrada de chão de 35 quilômetros.