A força criadora e a beleza, atribuídas à palavra, são uma dádiva; graças à multiplicação semântica, a palavra também pode ser rasa, travestida de popular, em virtude de abismos culturais e referências históricas. Quando tudo mudou, lá pelo ano de 1439, com a invenção da prensa gutenberguiana, um invento sem precedente cultural na Era Cristã, a oralidade e os manuscritos, de circulação restrita, eram os meios de transmissão de conhecimento e de informação. A partir de Gutenberg, a palavra "viralizou", conforme a professora de literatura comparada Judith Butler (EUA).
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