A Fluência Casa Hip Hop abrirá as portas neste domingo (25) num evento cercado de expectativas. Os moradores da Zona Norte da cidade poderão vislumbrar, pela primeira vez, a transformação de um pavilhão fabril na sede do projeto social e artístico que englobará música, dança, poesia e pintura. Para garantir a surpresa, os idealizadores evitaram divulgar fotos em redes sociais e nos veículos de comunicação. A atividade é gratuita e aberta a qualquer morador de Caxias do Sul.
O projeto no loteamento Colina do Sol, região do bairro Santa Fé, é uma iniciativa das irmãs Franciele e Priscila Minuzzo e dos amigos Geovani de Gregori, Kamila Marina Bazzo e Mônica Cristina Nicolao. Toda a mobilização é voluntária e atenderá gratuitamente crianças e jovens da zona norte. O principal objetivo da Fluência é promover transformações pessoais e valorizar a cultura hip hop, que tem naquela região um dos pontos de maior engajamento.
Inicialmente serão atendidos entre 50 e 60 crianças e jovens sempre na quarta e na sexta-feira. O grupo foi selecionado em outros projetos sociais das comunidades do entorno como Belo Horizonte, Santa Fé, Vila Ipê, Canyon, Colina do Sol e Fátima Baixo
— Fomos até as entidades, fizemos audição com crianças e adolescentes e houve a seleção. Ainda estamos vendo a questão do transporte. Uma ideia discutida, mas não definida, é que ele passe em dois pontos fixos para pegar as crianças e trazer até nosso espaço. Depois, elas voltariam para seus projetos de origem para fazer o lanche e ir para casa — comenta Franciele.
A ampliação do atendimento será desenvolvida aos poucos, com ofertas de oficinas e workshops de grafite, MC e DJ. A longo prazo, a meta é oferecer turno integral para a gurizada, o que inclui outras atividades como aulas de inglês e a abertura de uma pequena biblioteca.
Aos finais de semana, a casa será aberta para a comunidade. São 288 metros quadrados com mezanino e ambientes diferentes, com maior espaço para as aulas de dança. O projeto foi viabilizado por meio de doações e os organizadores continuam buscando parcerias para garantir as oficinas e os atendimentos futuros. Uma ideia é contar com padrinhos.
— Claro, será feita a devida prestação de contas de quem nos ajudar. A intenção também é buscar recursos por meio de editais públicos e privados — diz Franciele.
Sonho realizado
A ideia da Fluência nasceu da percepção de Geovani, educador social. Da infância vivida no Cruzeiro, moldou a adolescência em projetos sociais nas comunidades do norte da cidade. Ele quis retribuir o aprendizado com algo que proporcionasse aos jovens a mesma experiência positiva adquirida por meio do hip hop.
Encantadas com a proposta, as irmãs Minuzzo e as amigas Kamila e Mônica e se uniram para tirar os sonhos do papel. Mônica acabou sendo personagem-chave ao abraçar a concepção do projeto arquitetônico.
Os demais integrantes do projeto tiveram suas missões para abrir as portas da Fluência e desempenharão novas atividades a partir deste domingo. Geovani, por exemplo, será o representante da cultura hip hop. Kamila fará o atendimento psicossocial. Franciele ficou responsável pelo setor administrativo e financeiro e Priscila divulgará os projetos e fará a interação com o público nas mídias sociais.
PARTICIPE
:: A inauguração da Casa Fluência Hip Hop terá shows de rap e DJ's, exposição de boombox, cyphers de dança, grafite, caricaturas e produtos Fluência. O evento ocorre neste domingo (25), das 15h às 18h.
:: A entrada é gratuita, mas a organização pede a doação de alimentos não perecíveis
:: A Fluência fica na Rua Francisco Barbosa Velho, 131, próximo ao mercado Vantajão do loteamento Colina do Sol, região do Santa Fé.
:: Mais informações pelo telefone (54) 99637-1566.