Quem passa pelo Hospital Pompéia, na Rua Pinheiro Machado, esquina com a Marechal Floriano, no centro de Caxias do Sul, percebe intensa movimentação nos fundos da instituição de saúde. Retomada em abril do ano passado, a ampliação do Pompéia deverá ser entregue até o final de 2020.
Paralelo a construção do novo centro ambulatorial, também segue a obra de um edifício-garagem. Esta construção irá resolver um dos maiores problemas do hospital hoje: o estacionamento. O edifício contará com 11 andares, em uma área total de 5.951,80 m² e o número de vagas será de 229, se contar com manobristas e 154, caso não tenham manobristas. O custo total da obra é de R$ 5.330.200.
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Já o Centro Ambulatorial, que será voltado ao atendimento privado, tem uma área total de 6.170,16 m². São 12 andares e o custo total de R$ 15.313.692,13. O espaço contará com atendimento de especialistas de diversas áreas, realização de exames de diagnósticos e interligação com o Pompéia caso seja necessária a internação do paciente.
– Tecnicamente, o Centro Ambulatorial representa um grande avanço para a região, porque ele vai concentrar o atendimento que nós denominamos 360°. O paciente chega ao Centro, e terá consulta com um clínico. A partir desta consulta ele terá acesso a praticamente todas as especialidades médicas e poderá elucidar o seu diagnóstico ali no centro, porque devem estar instalados equipamentos para realizar diversos tipos de exame – explica o superintendente do Pompéia, Francisco Ferrer.
Ele acrescenta que o espaço terá um andar para a saúde da mulher, um para a do homem, para geriatria e demais especialidades, com os determinados exames de cada área. Também haverá um espaço colaborativo de trabalho, os chamados coolworking, com consultórios médicos, que hoje é uma realidade de mercado.
Um dos avanços mais significativos será o centro cirúrgico ambulatorial para cirurgias de menor porte, aquelas em que o paciente pode ser operado de manhã e ser liberado à noite. Atualmente, os procedimentos feitos são no bloco cirúrgico do Pompéia:
– Com a ampliação temos a possibilidade de utilizar áreas do centro cirúrgico para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida irá reduzir a fila de espera pela cirurgias eletivas que é uma realidade nacional e um enorme esforço da nossa gestão para que possamos contemplar essa área. Como o novo prédio não deverá ter leitos para internação, talvez possa ocorrer a readaptação de alguma área para ampliar os leitos do SUS. Mas isso ainda não está estabelecido e nem o número de leitos que seriam ampliados.
Ferrer diz, ainda, que a decisão de construir um novo centro ambulatorial levou em conta a qualificação do atendimento também para a rede pública de saúde.
– A obra vai oportunizar ao hospital ampliar o serviço prestado ao SUS, então o condão é qualificação, segurança, atendimento global e a recolocação de áreas, que permite uma ampliação de atendimento a rede pública. Nós teremos condições, além de ampliar as cirurgias de baixa complexidade, também de aumentarmos a licitação de diagnósticos para os pacientes do SUS, com a realocação da área de imagens para o novo centro, por exemplo – destaca Ferrer.
Obra parou em 2014
A obra do Centro Clínico iniciou em 2013, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que foram realocados, num primeiro momento, para a construção de uma estação de tratamento de efluentes. De acordo com Ferrer, a estação é a primeira do Brasil em hospital, a ser construída no subsolo e com tecnologia avançada. Além disso, a estrutura do prédio foi construída para subir até 18 andares. Foram previstos 12, mas há possibilidade de construir mais andares, o que ainda está em estudo.
Como 2014, foi um ano que sinalizava problemas sérios na economia, o comitê gestor do Pompéia decidiu parar as obras para não comprometer o atendimento do hospital.
– Decidimos parar a obra, e foi uma decisão arrojada e corajosa do comitê gestor, porque entendemos que jamais poderíamos sobre aspecto algum, comprometer o atendimento aos nossos pacientes. Em 2015, o ano veio avassalador, inclusive, com corte por parte do governo do Estado de R$ 6 milhões, por ano devido, aos problemas financeiros nos cofres do RS. Em abril do ano passado retomamos a obra, com parte dos recursos do BNDES que estavam aplicados.
Ferrer explica que conseguiram aprovação de um financiamento para rede filantrópica, junto ao BNDES, que tem três anos de carência e 15 anos para pagar, com juros de 9% ao ano.
– Com esses recursos e controle absoluto de custos, temos conseguido fazer a obra andar e se Deus quiser vamos chegar ao final de 2020 e dar esse presente a comunidade da região, porque se de um lado o sistema privado estará contemplado com o Centro Ambulatorial, do outro o SUS terá atendimento ampliado e qualificado fazendo com que a missão social do Hospital Pompéia seja cumprida.
Prédio antigo com nova pintura
O prédio também está passando por pinturas. A reforma foi possível com a ajuda dos projeto Amigos do Pompéia e da comunidade, por meio de doações.
– Quero destacar a figura do Felipão porque quando o acionamos sobre a pintura do Pompéia ele prontamente, com seu prestígio, conseguiu a doação das tintas e também todo o preparo da parede para receber a pintura. Buscamos juntos aos nossos fornecedores recursos para a mão de obra e a pintura está sendo realizada sem custos diretos para o hospital. Temos tido esse zelo com o prédio que de uma beleza magnífica e embeleza a região central.
A pintura deverá ser concluída até o final deste ano.
Central de Informações
No espaço onde funciona a floricultura do Pompéia, será instalada uma Central de Informações. A ideia é reduzir o fluxo de pessoas na recepção, e centralizar as informações, em um espaço de fácil acesso. Há também a possibilidade, posteriormente, de usar o quiosque para a entrega de alguns exames.
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