Depois de meses de preparativos, venda de rifas e até de cupcakes para arrecadar fundos, 31 adolescentes da Serra estão embarcando para uma grande aventura nos Estados Unidos. A turma vivenciará 12 dias de aprendizado e troca de experiências durante o 24º Jamboree Mundial Escoteiro, evento que reúne milhares de jovens de diversos países de 22 de julho a 2 de agosto. Embora a abertura da programação só ocorra daqui a uma semana, alguns já anteciparam a viagem internacional para o último sábado (13).
O encontro terá como sede o Summit Bechtel Reserve, no estado norte-americano da West Virginia. Como são esperados cerca de 45 mil participantes, será montada uma cidade improvisada em meio a uma reserva cercada por montanhas, florestas e rios. Será uma mistura de culturas e línguas dos seis continentes. Do Brasil, partirão 1.116 escoteiros de 14 a 17 anos, o terceiro maior contingente do Jamboree. Entre eles, moradores de Caxias do Sul, São Marcos, Flores da Cunha, Bento Gonçalves e Garibaldi, com o acompanhamento de escoteiros adultos.
A viagem é a realização de um sonho e também uma oportunidade para experimentar a autonomia, uma vez que muitos deles estarão pela primeira vez longe da família num país distante.
— Estou muito ansiosa, me sinto muito privilegiada por essa oportunidade. Tenho certeza que as experiências serão pra vida toda e fico muito feliz de poder dividir com meus amigos. Quando voltar, quero compartilhar as experiências — anima-se Maria Eduarda Almeida Pazini, 15 anos, integrante do Grupo Moacara.
O Jamboree terá um calendário extenso de atividades culturais e esportivas, além do uso de alta tecnologia. Outro ponto bacana será um encontro Lusófono, que reunirá escoteiros de vários países que falam a língua portuguesa.
O valor da viagem foi custeado por cada família. O maior gasto é com a passagem aérea, pois a participação no Jamboree custou em torno R$ 2 mil, o que inclui a alimentação, o acesso à estrutura e a participação nas inúmeras atividades. Para não deixar a conta apenas nas mãos dos pais, a gurizada se esforçou para juntar dinheiro com ações variadas, afinal é uma oportunidade única nesta etapa da vida.
— Como esses eventos mundiais são feitos de quatro em quatro anos, normalmente o escoteiro só consegue participar uma vez dele como adolescente. Depois disso, ele estará como adulto, ou seja, na equipe de trabalho ou como chefe dos jovens — explica Viridiana Sgorla, chefe do Grupo Escoteiro do Mar Barão de Teffé, que auxiliou na organização do grupo de Caxias.
Além da experiência, os escoteiros terão oportunidade de estabelecer uma rica rede de contatos.
— Lá eles terão atividades variadas, sempre aprendendo a respeitar a diversidade de culturas, línguas, costumes e a natureza — reitera Viridiana.