A campanha online para arrecadar o valor necessário para trazer o corpo do caxiense Leonardo Cláudio da Rosa, 23 anos, morto na China, de volta para o Brasil, já superou os R$ 40 mil estipulados pela família e amigos do jovem para arcar com as despesas. Leonardo foi encontrado morto no dia 13 de julho na cidade de Chongqing, no sudoeste da China. Ele estava no país asiático, em intercâmbio, desde 2018. As circunstâncias da morte do jovem ainda não estão esclarecidas.
Em pouco mais de 72h, a vaquinha arrecadou mais de R$ 43 mil. A campanha foi criada na última terça-feira (23), com previsão para encerrar a arrecadação em 23 de agosto. Pouco depois do meio deste sábado (27), o valor acumulado era de R$ 43.110,04, ultrapassando a meta em 8%.
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O dinheiro será usado para pagar os custos do translado do corpo, repatriação do corpo, cerimônia de cremação, taxas de manutenção do corpo no necrotério e taxas da funerária. Os recursos também serão destinados para arcar com outras despesas, como a locomoção e permanência de pessoas que estão cuidando do caso na China, além do envio dos pertences do caxiense ao Brasil.
O valor também será aproveitado para realizar uma cerimônia de despedida em Porto Alegre. O valor excedente será doado para entidades beneficentes com as quais Leonardo tinha afinidade, como instituições que atuam pela defesa e inclusão de pessoas LGBTs e na área de educação.
Segundo a descrição da campanha, Leonardo era conhecido pelos amigos como Léo do Beleléu e foi uma inspiração para muitas pessoas:
"Em vida, Léo cultivou uma existência de amor, generosidade, criatividade, alegria, paz e liberdade, e queremos homenageá-lo com nossa mobilização coletiva. Na China, ele estava trilhando um caminho promissor, recebendo diversas premiações como melhor estudante de mandarim, participando de diversos projetos, tentando divulgar e aproximar as culturas chinesa e brasileira e cultivando diversos sonhos e ambições que infelizmente foram tragicamente interrompidos pela sua partida. Neste momento, nos cabe buscar a união e o afeto para lidar com a situação e incorporarmos em nossas vidas os melhores princípios que ele nos inspirava, de busca por uma vida plena e boa para todo mundo. O Léo morreu muito vivo, e sua memória nos pede que a gente viva por ele, da melhor forma que pudermos", diz o texto.
Leonardo era acadêmico do curso de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ele estava desde o segundo semestre de 2018 em Pequim, no norte da China. Com fluência em inglês, espanhol, francês e mandarim, ele foi contemplado com uma bolsa de estudo na Communication University of China, por meio de parceria entre a universidade gaúcha e o Instituto Confúcio, vinculado ao Ministério da Educação chinês.
Se ainda quiser ajudar basta clicar no link: vakinha.com.br/vaquinha/650887
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