O Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Zona Norte, de Caxias do Sul, nega que Poliana Almeida da Silva, 22 anos, tenha procurado atendimento para o filho de dois anos e dois meses, antes de chegar ao local com policiais militares. Por meio de nota, o IGH "esclarece que não foi encontrado nenhum registro de busca de atendimento por parte da genitora do paciente antes das 19h30 deste domingo, quando a mesma deu entrada no posto de emergência com a presença da Polícia Militar, com o SAMU e foi prontamente atendida."
A mãe registrou ocorrência na noite deste domingo (02). Ela relata que foi até a UPA, por volta das 19h, para buscar socorro para o filho, que derrubou uma térmica com leite quente nas costas. Quando chegou ao local, ela mostrou o ferimento para a atendente responsável pelo encaminhamento de consultas e foi informada de "que não tinha mais lugar ali" e "que teria que buscar um outro local" para ter o filho atendido.
Como a mãe afirma que não chegou a ser atendida na primeira vez que buscou atendimento, a reportagem questionou a assessoria de imprensa da UPA, visto que se a criança não teve atendimento não haveria registro. A assessoria afirma que pode garantir que ela não esteve no local pois analisou as imagens do circuito interno. O Pioneiro solicitou as imagens, mas a unidade ressalta que não pode repassar as gravações porque não tem autorização de uso de imagens dos pacientes.
Poliana, por sua vez, conta que esteve na unidade, por voltas das 19h:
— Eu estava com calça de moletom e casaco preto e meu filho estava no meu colo e sem camisetinha.
Ela não soube identificar a atendente, que não estava mais na instituição quando retornou com a polícia. Poliana reafirma que o menino só foi atendido com a presença da Brigada Militar.
O menino permaneceu em observação na UPA até o final da tarde desta segunda (03). A mãe foi informada que ele conseguiu leito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às 16h30min. Ele chegou ao Hospital Geral, por volta das 18h.
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