Uma reunião entre entidades do comércio e a prefeitura de Caxias do Sul vai debater as modificações propostas no projeto de revitalização da Praça Dante Alighieri, no centro. O encontro, marcado para o dia 13 de junho, foi solicitado pelo Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas) e também terá a participação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
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Conforme a presidente do Sindilojas, Idalice Manchini, a solicitação foi protocolada junto ao gabinete do prefeito Daniel Guerra (PRB), mas o município agendou a reunião na Secretaria do Urbanismo. A titular da pasta, Mirangela Rossi, está à frente do projeto de revitalização junto com a Secretaria do Planejamento.
O principal motivo para o pedido de reunião são as mudanças da Avenida Júlio de Castilhos, entre as ruas Dr. Montaury e Marquês do Herval, previstas no projeto. A proposta é transformar o trecho em sentido único, de São Pelegrino a Lourdes, com pista sinuosa para reduzir a velocidade dos veículos. Em contrapartida, as calçadas serão ampliadas para facilitar a circulação e a convivência de pedestres. O Sindilojas e a CDL, no entanto, temem que a mudança reduza as vendas no comércio do centro. Isso porque a restrição do trânsito obriga os motoristas a desviar da área, afastando potenciais clientes das lojas no entorno da praça.
— Para nós, é bom (o encontro) porque vai ter um diálogo. Vamos poder colocar nosso ponto de vista e tentar modificar alguns itens, como o não fechamento da pista dupla da Avenida Júlio. Lutamos muito para abrir as duas e isso (fechamento) sempre prejudica, dá queda nas vendas — avalia.
Idalice também questiona a implantação de uma ciclovia junto à praça, que está prevista no projeto. Segundo ela, a faixa poderia causar conflito com pedestres e carros. A empresária destaca, porém, que a entidade não é contrária à revitalização e às demais mudanças do espaço.
— O que for bom para Caxias nós vamos apoiar — afirma.
A reunião com a prefeitura vai ocorrer no dia seguinte à data prevista para que os membros do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) aprovem ou rejeitem o projeto. O colegiado não tem poder de veto, mas tem papel importante nas discussões a respeito de alterações urbanísticas da cidade. No encontro anterior, quando houve a apresentação do projeto, representantes de cinco entidades pediram vista.
Na tarde desta quinta-feira (30), o município deu o primeiro passo para revitalização da praça com a demolição de uma das bancas de revista. O espaço estava fechado desde o dia 10 de abril porque o proprietário não aderiu à ação judicial solicitando a liminar que mantém a outra banca em funcionamento. A prefeitura diz que não há espaço para bancas de revista no novo projeto da praça e que os estabelecimentos estavam irregulares. Os donos das bancas negam.
