Um grupo de professores da rede estadual se reuniu na praça Dante Alighieri, no Centro de Caxias do Sul, na tarde desta quinta-feira (02). A mobilização faz parte das paralisações realizadas no Rio Grande do Sul em protesto ao atraso e parcelamento de salários por parte do Governo do Estado. Pelo menos 16 escolas de Caxias aderiram a paralisação total ou parcial durante todo o dia.
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A vice-presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), Solange Carvalho, explica que a categoria decidiu em assembleia que farão um dia de paralisação em cada mês em que os salários forem pagos com atraso:
— Temos uma pauta de reivindicação que foca na reposição salarial que não ocorre desde 2014 e na necessidade de concurso público para professores. Essa é a nossa prioridade. A paralisação desta quinta é positiva porque a categoria tem sentido muita pressão das coordenarias regionais de educação, do governo e nas escolas, com a falta de profissionais.
Na pauta de reivindicações aprovada pelo magistério estadual e encaminhada ao governador, a categoria reivindicou reposição salarial de 28,78% e concurso público para professores e funcionários de escola. Os professores também se posicionam sobre a reforma da previdência e solicitam a criação de comitês para debater o assunto.
O governador Eduardo Leite recebeu a categoria no dia 29 de abril, e uma nova reunião está agendada para o dia 13 deste mês. Já no dia 15 está programada a greve nacional da categoria.
Alunos também protestam contra falta de professores
Os estudantes do Colégio Estadual São Tiago, um dos maiores de Farroupilha, irão fazer uma manifestação às 19h30min desta quinta. O problema é a falta de professores e funcionários. No turdo da noite, não há mais secretária porque ela precisou assumir turmas em sala de aula.
— Na minha turma, tem seis matérias sem professor. Desde o início do ano está assim. Pensa, já estamos terminando o primeiro trimestre e nada. A gente pediu ajuda da diretora, que está nos apoiando. Dizem que pediram várias vezes para o Estado e 4ª CRE, mas não recebem respostas — afirma Guilherme Dolne, 16 anos, que faz parte do Grêmio Estudantil e está há dois anos na escola.
Somando os três turnos, o colégio teria uns 1,2 mil alunos.
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