Familiares e amigos do estudante Rariel Bianchi da Silva, 13 anos, que morreu no dia 8 em decorrência de uma crise respiratória aguda, participam de uma manifestação na manhã desta quarta-feira (15) em Vacaria. Eles carregam balões brancos, faixas com pedidos de justiça e usam camisetas com fotos do estudante. O grupo saiu do bairro Barcelos e seguiu em direção ao centro da cidade.
— Queremos justiça. Até agora, nenhum funcionário foi afastado do posto de saúde. Não queremos que ninguém mais morra em Vacaria, porque já tivemos outros casos. Nós temos provas. Só queremos justiça — diz a madrasta de Rariel, Diele Libera Watras Gomes da Silva.
Os parentes do menino alegam que ele foi vítima de negligência por parte da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Barcelos, para onde foi levado ao sentir-se mal na Escola Municipal de Ensino Fundamental Juventina Morena de Oliveira. A família de Rariel diz que ele não foi atendido por um médico que estaria presente no local. A servidora da escola que estava com o adolescente confirmou a versão à diretora.
Um tio do menino e uma servidora da UBS foram junto com o paciente na ambulância e seguiram em direção ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira. No atestado de óbito, datado da última quarta-feira, consta o horário da morte, 9h35min, a causa, insuficiência respiratória aguda, e o hospital como local do óbito. Segundo o hospital, o adolescente chegou morto ao local.
Em nota, a prefeitura de Vacaria informa a abertura de um "processo de sindicância investigatória para apurar os fatos referentes ao atendimento prestado na Unidade de Saúde do Bairro Barcelos".
A Polícia Civil de Vacaria também foi procurada pela família do estudante. Nesta quarta-feira, o delegado Carlos Alberto Defaveri, responsável pelo caso, informou que segue colhendo depoimentos de testemunhas:
— O inquérito prossegue com as oitivas. Temos 30 dias para conclui-lo, mas pretendemos fechar antes.