Desde que foi anunciada, ainda em 2016, moradores e representantes de Caxias do Sul dizem que a obra no acesso ao distrito de Fazenda Souza é um mistério para a comunidade. Em reunião ocorrida na tarde desta quinta-feira, na Câmara de Vereadores, parlamentares se queixaram de não saber como ficaria o entroncamento da Rota do Sol (RSC-453) com as estradas que ligam a rodovia, de um lado, à sede do distrito e, do outro, ao bairro Ana Rech.
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O Pioneiro teve acesso ao projeto do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) que mostra como ficará a rótula.
Segundo declaração do superintendente regional do Daer, o engenheiro civil Sandro Wagner Vaz, durante a reunião, o Estado continua com problema de falta de recursos para normalizar o fornecimento de material para fabricação de asfalto e, portanto, não há prazo para retomada da obra no trecho.
Até o momento, 85% do serviço foi executado. Falta terminar uma parte do pavimento e fazer o fechamento da rotatória (canteiro central em círculo) e espécies de triângulos de concreto que dividirão as pistas da RSC-453 de um lado e de outro da rótula. Após a retomada do trabalho, a previsão é de que em cerca de 30 dias seja concluído.
Depois de pronta, a rótula será fechada, ou seja, as pistas de ambos os sentidos da Rota do Sol não terão fluxo direto. Será preciso reduzir a velocidade e fazer a alça da rotatória à direita para seguir em frente. Já para sair de Fazenda Souza ou de Ana Rech e acessar a rodovia à esquerda, o motorista entrará na rotatória. Haverá espaço suficiente para caminhões, inclusive, bitrens, conforme o engenheiro.
Na reunião desta quinta, os vereadores questionaram o superintendente sobre a possibilidade de construção de uma elevada ou passagem de nível no local em vez de rótula. Vaz disse que o custo é maior, mas que resolveria o problema. Também foi cogitada a possibilidade de instalação de semáforos naquele ponto até que a rotatória fique pronta.
Na fase atual, o Daer está implantando dispositivos para redução de velocidade no trecho como linhas transversais em ambas as pistas (como as que existem próximo ao acesso a Bento Gonçalves) e os chamados lápis ou canetas pintados no meio das pistas e contornados com tachões, além do reforço da sinalização de obra.