A explosão seguida de incêndio em um apartamento do edifício Vêneto, no centro de Farroupilha, completa três meses nesta terça-feira (26), sem conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o caso. O delegado Rodrigo Morale aguarda laudos complementares solicitados neste mês ao Instituto Geral de Perícias (IGP). Morale não dá detalhes sobre o que pretende esclarecer com esses novos documentos.
O primeiro laudo, entregue no início de fevereiro, apontou que o motivo da explosão e do incêndio foi um vazamento de gás. Porém, não identificou se esse vazamento partiu de botijões que estavam dentro do apartamento ou da rede de gás central da edificação. Na época, a diretora geral do IGP, Heloisa Helena Kuser, disse que o armazenamento dos botijões era a causa mais provável.
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O delegado afirma que a conclusão do inquérito, com o apontamento de quais foram as causas do incêndio, depende dos novos laudos. No entanto, ele salienta que isso ainda pode ser insuficiente.
A vítima mais grave foi Maria Ana Zanetti, 68 anos, que segue internada no Hospital da Unimed, em Caxias do Sul. No início do mês, a equipe médica retirou a sedação dela. Conforme Andréia Mutzemberg Cenci, filha de Maria, a mãe já se comunica, se alimenta sem sonda e tem respiração espontânea. Porém, diz que ainda não há previsão de alta, porque os enxertos e curativos continuam.
— Os últimos 15 dias estão mais fáceis, porque ela está bem, consegue conversar. Então, está mais tranquilo — comenta, ao explicar que os últimos meses foram de muita apreensão por causa do quadro de saúde da mãe.