Dentre os 95 expositores na 32ª Festa da Uva, há quem acredite que se algumas mudanças forem feitas, valerá a pena voltar em 2020. Para o proprietário de um estande de calçados, de Porto Alegre, Adriano Delgaudio, faltou uma melhor divulgação da Festa e uma oferta menor no valor dos espaços.
— Investi R$23 mil pelo aluguel do estande. É um valor muito alto. Além disso, os clientes falaram que faltaram atrativos no evento, não tem muito o que olhar. Só se essas mudanças acontecessem, eu voltaria no ano que vem — diz Delgaudio.
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A falta de concorrência em vendas de produtos de artesanato gaúcho, como cuias e materas, fez o proprietário Emerson Pazini, de Capão da Canoa, ter boas vendas em 2019.
— Como os espaços ficaram mais amplos e o número de estandes diminuiu, ficou bom para mim que tive menos concorrência. Com certeza voltaria no ano que vem — anima-se Pzini.
O expositor caxiense de um estande com produtos de cama, mesa e banho, Rogério Menegotto, garante que as vendas nesta edição aumentaram 10% e que não há do que reclamar quanto ao novo espaço.
— Já participei de 10 edições e afirmo que minha empresa cresceu depois que eu comecei a participar da Festa da Uva. Voltaria em 2020 mais uma vez — projeta.
Entre os expositores, houve o descontentamento pelas mudanças ocorridas durante a Festa. De acordo com William Nunes, proprietário de um estande de roupas de Nova Petrópolis, o aumento do valor do ingresso e os problemas causados pelo desconhecimento do Fiorin Card afastaram muitas pessoas do Pavilhão Nostro Negòssio.
— O público ficou abaixo. Não vi tantos ônibus de excursão como nas outras três edições em que estivemos. Às vendas decaíram e não vejo como voltar no ano que vem. Não vale a pena — disse.