O resultado do primeiro desfile cênico apresentado na Rua Sinimbu na noite da terça-feira, em Caxias do Sul, agradou a organização. O diretor artístico, Matheus Brusa, optou por um corso alegórico cênico e coreografado, e se diz satisfeito com o que foi mostrado no primeiro espetáculo.
— Escutei muitos elogios. Obviamente sempre vai ter o que melhorar —resume Brusa.
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Foram mais de mil pessoas, entre bailarinos e voluntários, desfilando na Sinimbu. O público estimado pela organização foi de 10 mil pessoas. A apresentação quis resgatar as raízes da colonização italiana em seu enredo e encerrou com a aparição do carro da rainha e princesas, acompanhadas pelas embaixadoras da Festa da Uva. O desfile iniciou com 10 minutos de atraso e um dos pontos que incomodou espectadores foi a demora para que a apresentação chegasse próximo da Catedral - levou cerca de uma hora e, com a ausência de arquibancadas, a demora acabou pesando mais.
— Naturalmente, é um desfile, e a velocidade baixa foi justamente para evitar correrias e alas espalhadas. Temos muitas alas coreografas, inclusive nos carros. Não podemos correr com o desfile. Nossa ideia de um desfile calmo, mais coreografado aconteceu — explica Brusa.
Brusa ainda destaca positivamente o discurso da rainha Maiara Perottoni que encerrou o espetáculo, e a ideia de compartilhar a coreografia com o público, em um vídeo divulgado antes do desfile que ensinava o público os movimentos do refrão:
— O que foi mais elogiado é a compactação das alas, a evolução calma e contínua que evitou alas espalhadas. E, também, principalmente as encenações, coreografias e o final ao redor do chafariz — pontua.
— Da minha parte, eu gostei bastante. Foi bem organizado e não ficou brechas. Claro que tenho minhas ressalvas, como muitas pessoas não entenderam que o desfile terminava na frente da Catedral, o que poderia ser mais claro. Mas vamos melhorar. Acho que dentro do proposto foi bem positivo, destaco, por exemplo, o empenho dos figurantes que vieram de graça, a preocupação de fazer com que as meninas (embaixadoras) se sentissem acolhidas junto ao carro das soberanas — detalha Ranulfo Homem, que assina o roteiro junto ao irmão Rafael.
A mesma versão da Sinimbu, em formato mais compacto, será apresentada na Alameda Central dos Pavilhões na noite desta quarta-feira, às 20h30min.