O calendário marcava novembro de 1998. Fernando Henrique Cardoso já havia sido reeleito presidente do país com 53% dos votos. O Brasil ainda amargurava a derrota da Copa do Mundo contra os franceses por três a zero. Em Caxias do Sul, o Esporte Clube Juventude fazia um esforço extra para se manter na Série A.
Em meio a esse cenário, nascia o caxiense Rubens Luiz Rech Junior, que completou 20 anos neste domingo, mesmo dia do aniversário de sete décadas do Pioneiro. Naquela data, o jornal dedicava 80 páginas de um caderno especial em homenagem ao cinquentenário. Dezenas de leitores foram convidados a elencar suas prioridades para melhoria da cidade. A saúde liderou as reivindicações, conforme reportagem da época.
Leia mais
Os anos de ouro do futebol caxiense
Os incêndios da Câmara de Vereadores e do Cine Ópera
O fim dos aos racionamentos de água em Caxias
Quando Caxias virou Capital da Cultura
A chegada da TV a cores
De lá para cá, muita coisa mudou, inclusive na vida do rapaz, que hoje mora em Porto Alegre, onde dedica seu tempo ao curso de Engenharia de Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
— Como todo o adolescente, eu passei por aquela fase de não saber o que fazer. Mas desde criança, sempre gostei de coisas relacionadas à eletrônica e então meus pais começaram a ver que eu tinha facilidade para informática. Fiz alguns cursos que me mostraram o caminho que eu queria seguir. Decidi fazer Engenharia de Computação — conta o rapaz, cujos pais, Rubens Luis e Tania Maria Rech, moram no bairro Cinquentenário, em Caxias.
Apesar de viver na Capital, o jovem não deixa de visitar a cidade natal. Quase todos os finais de semana está em Caxias, seja por saudade dos pais e da namorada ou para rever os amigos. Questionado sobre o que mais sente falta na cidade, ele é categórico:
— As relações entre as pessoas. Caxias é uma cidade grande, mas que mantém costumes de uma cidade pequena. É muito comum conhecer as pessoas, mesmo não tendo proximidade. Isso já não acontece em Porto Alegre.