O projeto de reforma do Instituto Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, foi encaminhado nesta sexta-feira (26) para a Central de Licitações do Estado. O departamento é responsável pela elaboração e publicação dos editais dos certames. Esta é uma das últimas etapas dos trâmites burocráticos do projeto e vai permitir a contratação da empresa que vai executar a obra.
De acordo com a secretária adjunta da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), Melissa Custódio, o Cristóvão tem prioridade máxima dentro da Central de Licitação e por isso o edital deve ser publicado em poucos dias. A expectativa é que em dois meses a empresa vencedora seja conhecida, se nenhum dos concorrentes entrar com recurso. Se o prazo for cumprido, existe a possibilidade de começar a obra antes do fim do ano.
- Se conseguirmos agora temos todo o período de férias para dar um gás na obra - explica.
A reforma está orçada em cerca de R$ 28 milhões e deve ser paga com recursos do Banco Mundial captados pelo Estado em 2012. O total obtido na época foi de R$ 200 milhões, que devem ser aplicados em quase duas mil escolas até o fim do ano. Para garantir a execução da obra independentemente de quem esteja à frente do Estado a partir de 2019, o governo reservou R$ 30 milhões para a obra na Lei Orçamentária do ano que vem.
A obra do Cristóvão integrava o Plano de Necessidades de Obras (PNO), anunciado em 2012 e que previa a reforma de mais de mil escolas no Estado. Entre as instituições contempladas no pacote, apenas cinco foram mantidas, entre elas o Cristóvão. A explicação é que os projetos da maioria delas foram mal executados, já que haviam sido terceirizados. O das cinco escolas contempladas foram mantidos porque já estavam adiantados. Ainda assim, os problemas no projeto atrasaram a obra do Cristóvão em seis anos.
- Para conseguir finalizar o orçamento deslocamos a orçamentista do Estado para dentro da empresa (responsável pelo projeto) para trabalhar junto com o orçamentista deles - explica Melissa.
Paralelamente ao processo de licitação o Estado pretende agilizar junto ao município a liberação da licença ambiental e da licença de instalação da obra, para que não haja mais atrasos. O projeto prevê que a obra seja executada em dois anos em etapas. Os oito módulos do prédio vão passar por recuperação completa e uma parte também será ampliada. A recuperação inclui ainda o auditório, interditado por problemas de PPCI.