A Voges pagou aluguéis atrasados da Maesa em conta judicial. Conforme o sistema de pesquisa processual do Tribunal de Justiça, foram quitadas entre 18 e 23 de julho oito parcelas de R$ 16 mil cada, totalizando R$ 128 mil. O aluguel do espaço, que está previsto em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a empresa e a prefeitura de Caxias do Sul, estava atrasado desde dezembro do ano passado.
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A Voges pediu em julho novas guias de pagamento para a prefeitura, mas o município decidiu não fornecer porque já estava em andamento a ação judicial solicitando a saída da empresa do espaço. A petição do município feita na metade de junho também cobra aluguéis em atraso no valor total de R$ 144 mil e mais cerca de R$ 35 mil em multas correspondentes a descumprimento do TAC.
Conforme o empresário Oswaldo Voges, a empresa decidiu, então, solicitar a emissão de guias para pagamento dos aluguéis atrasados em conta judicial. Ele afirma que a dívida foi quitada. O empresário diz que houve uma dificuldade financeira da empresa mas, quando teve condições, fez o pagamento.
De acordo com o procurador geral do município de Caxias do Sul, Felipe Dal Piaz, a prefeitura solicitou à Justiça a transferência dos depósitos em conta judicial para o município, e aguarda uma decisão. Segundo ele, será feito um levantamento de valores para confirmar se os aluguéis estão em dia.
O empresário reitera que a fundição está fazendo o possível para deixar o espaço da Maesa, mas que não havia condições de efetuar a saída até o fim de julho, como estava previsto no TAC. Entre o fim do último mês e o início de agosto, foi concluída a retirada de areia acumulada em uma parte do complexo.
Em audiência no dia 24 de julho, não houve acordo sobre os prazos de saída. A Voges propôs concluir o processo até 31 de outubro de 2019, mas o município não aceitou. A juíza Maria Aline Vieira Fonseca determinou vista ao Ministério Público, e vai tomar uma decisão em caráter liminar após manifestação do órgão.