Estrada secundária que liga Farroupilha a Garibaldi, a VRS-813 sofre com falta de manutenção há anos. O problema se agrava com o excesso de chuva característico do inverno, dando origem a buracos enormes que acabam causando transtornos para moradores e turistas _ isso porque a rodovia é a principal ligação a diversos atrativos do roteiro turístico Desvio Blauth. Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), obras definitivas de recapagem no trecho só devem sair do papel quando as intervenções entre Farroupilha e Caxias do Sul, via ERS-122, estiverem prontas.
Os buracos se concentram, principalmente, a partir de um dos empreendimentos mais movimentos do Desvio Blauth, a cervejaria Blauth Bier. A partir dali, são quase oito quilômetros de asfalto irregular até os pavilhões da Fenachamp, em Garibaldi, com crateras que chegam a atravessar os dois lados da pista. Os mais prejudicados são, é claro, moradores e donos dos estabelecimentos que ficam às margens da rodovia. Rafael Haupt, proprietário da cervejaria e também morador do trecho, está ansioso pelas melhorias.
— É frustrante porque foi feito um pedaço de asfalto, depois a obra parou. Depois de um tempo é arrumado, mas é arrumado muito mal. É claro que isso prejudica o movimento e desencanta o turista que está conhecendo a Serra — reclama.
Há pouco mais de um mês, as crateras da VRS-831 inutilizaram uma roda do carro de Adilson Arsego, morador do Desvio Blauth.
— Não é novidade que a estrada é ruim. Faz 20 anos que convivo com os buracos — diz, resignado.
A rodovia é estadual e, portanto, cabe às prefeituras de Farroupilha e Garibaldi se mobilizarem e cobrarem iniciativas do Estado. O secretário de Turismo e Cultura de Farroupilha, Francis Casali, diz ter procurado o Daer nesta semana para exigir melhorias, já que recebe a mesma cobrança por parte dos empresários. Atitude semelhante à do prefeito de Garibaldi, Antonio Cettolin (PMDB).
— É, de fato, desagradável passar por ali. A última resposta que tivemos é que somos os próximos a receber obras depois de Caxias — informa Cettolin.
O Daer afirma que remendos localizados estão sendo feitos ao longo desta semana ao longo da VRS-813, para deixá-la trafegável. Após, deve haver um reparo mais minucioso.
— Após a aplicação dos remendos, que são localizados e profundos, iremos fazer o reperfilamento asfáltico para depois aplicar a capa — explica o diretor-geral do Daer, Rogerio Uberti.