A discussão sobre a proposta do pronto-atendimento pediátrico será discutida em reunião com o Conselho de Saúde no dia 24 de julho. Conforme a presidente da entidade, Fernanda Borckhardt, a solicitação da prefeitura não especificava o tema que seria discutido. Ela diz que soube do novo projeto por meio da imprensa.
– Não há proposta, pelo menos pelo que ele (prefeito) anunciou. Ele precisa parar de brincar de fazer saúde, porque a situação está muito séria em Caxias, estão morrendo crianças – critica.
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Fernanda faz referência ao caso da morte de Teylor da Fonseca, 10 meses, que foi atendido no Postão e internado no Hospital Geral (HG), onde faleceu na madrugada de segunda. A família acredita que houve negligência no atendimento. O Conselho de Saúde solicitou informações à prefeitura sobre a falta de leitos de UTI pediátrica na cidade, razão que acredita que tenha contribuído para o falecimento da criança.
– Na minha opinião, não é necessariamente pronto-atendimento pediátrico, que precisamos, mas de pediatras trabalhando nos que temos. Essa situação caótica está colaborando para que as crianças chegam no pronto-atendimento em estado grave. Se não tem atendimento no fim de semana, obviamente na segunda-feira estará lotado. Precisamos de atenção básica e, no outro lado, o leito de UTI – aponta a presidente.
Para Fernanda, é possível fortalecer a rede chamando novos concursados, com uma valorização maior dos profissionais.
– Quando o prefeito pensa em terceirizar uma área, ele se está autointitulando incapaz de gerir aquela área – afirma.