A Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Canela afirma que o Parque do Caracol é um dos pontos mais visitados no Estado. Atrativo consolidado pelas belezas naturais, trilhas e estado de manutenção, a principal atração do parque, a escadaria que dá acesso à base da cascata, está interditada desde meados de 2015 por questões de segurança. O projeto que construirá uma nova escadaria está parado há meses na Secretaria de Obras do Estado, segundo o secretário de Turismo do município, Ângelo Sanches. Na última semana, a prefeitura diz ter pressionado o Estado para que agilize os trâmites, já que é uma inevitável perda aos visitantes do principal parque de Canela. Por enquanto, não há previsão para o início da construção da nova escadaria. Uma placa que indica a interdição afasta os turistas dali, encurtando o passeio.
— Nós já viemos ao parque diversas vezes, acho que 10. E a escadaria era a melhor parte, a vista mais bonita. Não descer é um passeio incompleto. Mas gente, já quase dois anos de manutenção? — questiona o visitante Rogério Fontana, de Fortaleza.
Em 2017, o parque recebeu menos visitantes que em 2013: segundo os números da administração do espaço, são cerca de 170 mil a menos. Em 2017, 319.885 mil pessoas conheceram o espaço. O parque pertence ao Estado e é administrado pela prefeitura de Canela. O projeto prevê 675 degraus, menos do que a escadaria atual, que tem 730. Também está prevista uma plataforma de salvamento que poderá ser içada por roldanas. O custo da escadaria está orçado em R$ 2,2 milhões, e o da plataforma, em cerca de R$ 1 milhão.
— Nós sabemos que o visitante quer descer, ter o contato mais perto da cascata, e nós estamos tentando agilizar. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance — argumenta o secretário.
Também deve sair do papel uma construção que oferecerá estrutura aos visitantes que chegam de ônibus, além de um heliponto. A novidade permitirá passeios de helicóptero, banheiros e estacionamento amplo aos ônibus. O processo foi licitado e a empresa vencedora é a Tri Táxi Aéreo.
O Pioneiro não conseguiu contato com a Secretaria de Obras do Estado.
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