O caminhoneiro de Caxias do Sul Everaldo José Silva Ferreira, 43 anos, foi salvo na manhã desta segunda-feira por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Vacaria após ficar preso mais de 30 horas nas ferragens do seu caminhão que se acidentou no km-65, da BR-116, em Campestre da Serra. O veículo foi localizado por acaso por um motorista de ambulância que passava pela região e avistou o que parecia ser a parte de um caminhão em meio à vegetação existente fora da pista e acionou o Corpo de Bombeiros de Vacaria.
Antes de iniciar o processo de desencarceramento, por volta das 9h40min desta segunda, os servidores descobriram que Ferreira estava preso nos destroços do seu caminhão desde a noite de sábado, ou seja, há mais de 30 horas.
A vítima fraturou a perna, que ficou presa após colisão frontal imprensar a frente do veículo contra ele. Além disso, o condutor teve escoriações na cabeça e permanecia em observação no Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria na tarde desta segunda.
— Quando ele saiu já estava bem, apesar de estar com os membros dormentes pela condição que ficou por muito tempo e em estado de hipotermia — comenta José Cornélio Beck, sargento do Corpo de Bombeiros de Vacaria.
Everaldo estaria trafegando no sentido Campestre-Caxias quando perdeu o controle do veículo, passando por cima de uma tartaruga, o que teria lançado o caminhão para fora de uma ponte, em uma queda de aproximadamente seis metros até a vegetação. Antes disso, o caminhão ainda teria batido frontalmente contra um barranco e tombado.
— O estado que o caminhão ficou foi bem assustador. Até nos surpreendemos quando vimos que ele estava bem. A remoção foi rápida, demorou cerca de 15 minutos — complementa o sargento.
"Estávamos apavorados procurando por ele"
Everaldo José Silva Ferreira mora com a família no bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul. Ainda na quinta-feira, ele iniciou o transporte de uma carga de papelões do Rio de Janeiro em direção a Farroupilha. Na sexta-feira, por volta das 21h50min, o filho dele, Daniel, 20 anos, teve um último contato com pai, a quem combinou de buscar às 6h do sábado em Farroupilha. Depois disso, o pânico da família começou.
— Não conseguimos mais contato com ele. Não sabíamos o que tinha acontecido, ele simplesmente sumiu. No domingo de manhã fomos cobrar da empresa onde ele trabalha que nos informou que o caminhão estaria entre Campestre da Serra e Caxias. Começamos a procurar, como uma agulha no palheiro — comenta a esposa de Everaldo, Raquel Pires Bravo.
O alívio viria somente no dia seguinte, quando Everaldo foi localizado e salvo pelos bombeiros:
— O susto foi enorme, enorme. Ver ele bem é gratificante, principalmente devido ao estado que ficou o caminhão. (Everaldo) nasceu de novo — ressalta Raquel.
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